“Tudo que é sólido desmancha no ar”. Essa frase de Marx e Engels serviu como uma aviso de retorno de uma crítica que os bilionários achavam que estava morta. Em tantos lugares no mundo se gabaram com a ideia de que o capitalismo tinha triunfado e não haveria alternativa para a humanidade, mas da crise vimos surgir a crítica ao “1%”, os indignados, entre tantos fenômenos. A crise econômica mundial iniciada em 2008 soou esse alarme e milhões procuram desenvolver formas de crítica a um sistema podre, de miséria, corrupção, exploração.

Essa abertura a ideias críticas se dá à direita e à esquerda, à la Trump, ou com toda uma juventude no coração dos EUA que se declara “socialista”. No Brasil esse fenômeno também se combina com a crise histórica do PT. Crise também da estratégia petista de conciliação com os empresários, com a direita. Todos nós que lutamos por uma nova sociedade, livre das amarras do capitalismo temos um imenso desafio pela frente. Colocar essas ideias como forma de organizar milhares, superando a experiência do PT.

Não nos faltam desafios em nosso terreno nacional. O golpista Temer, o judiciário, os empresários e o Congresso se apressam em votar ataques que continuam e aumentam muito o que o PT já vinha nos atacando os direitos trabalhistas e sociais. Para criar a força social que desenvolva a raiva e ao mesmo tempo a esperança que sentimos em cada escola ocupada é preciso ter ideias e organização. Nas campanhas eleitorais em algumas cidades onde pudemos participar desenvolvemos ativamente essa crítica à direita, aos empresários, lutando para superar o PT e sua conciliação de classes. Queremos com esse ciclo de debates avançar mais nas ideias que podem nos mover a criar uma força muito superior, um partido revolucionário.

Neste mês de novembro, como parte das comemorações rumo aos 100 anos da Revolução Russa, o Esquerda Diário e o Movimento Revolucionário de Trabalhadores está promovendo este ciclo de debates "Anticapitalismo e Revolução" que terá sessões no Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas e Santo André.

O ciclo contará com a presença do ex-deputado Christian Castillo do Partido de los Trabajadores por el Socialismo (PTS) e da Frente de Izquierda y de los Trabajadores (FIT) da Argentina. Em cada cidade teremos a presença dos ex-candidatos anticapitalistas do MRT pelo PSOL: Carolina Cacau (Rio de Janeiro), Maíra Machado (Santo André), Diana Assunção (São Paulo) e Danilo Magrão (Campinas).

Queremos discutir as perspectivas revolucionárias dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos negros e LGBTs frente ao cenário nacional e internacional, nos apoiando em entender o fortalecimento da direita na América Latina e experiências da construção de uma força nacional da esquerda revolucionária, em especial na Argentina com a inserção no movimento operário e importância nacional do PTS e da FIT. Com todos esses debates pensar as estratégias necessárias para construção de um verdadeiro partido revolucionário dos trabalhadores que possa dar fim a todo este sistema de exploração e opressão.

Veja maiores detalhes de locais no evento

***AGENDA***

03/11 - Rio de Janeiro
Às 18h na UERJ, Auditório do Serviço Social, bloco D
Com Carolina Cacau, professora da rede estadual e estudante da UERJ

04/11 - Santo André
Às 19h30 na FAFIL - Fundação Santo André
Com Maíra Machado, professora da rede estadual

05/11 - São Paulo
Às 17h na Casa Socialista - Praça Américo Jacomino, 49, ao lado do Metrô Vila Madalena
Com Diana Assunção, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP

06/11 - Campinas
Às 15h na Casa Rosa - Avenida Anchieta, 51
Com Danilo Magrão, professor da rede estadual