Nesse jogo político, a Pedro Novis omitiu o nome de José Serra com a intenção de procurar uma saída mais consensual para a crise que o país está passando. Esta ação do empresário tem como o objetivo garantir os ataques sem que aconteça uma instabilidade que dificulte as medidas impopulares que Michel Temer vem aplicando. A crise política que se expressa no desentendimento entre a ministra Carmem Lúcia e senador Renan Calheiros mostra que o Temer enfrentará uma forte turbulência. Para não agravar esta crise no governo, o governo Temer e seus aliados utilizam de métodos que visam manter a impunidade.
No momento, o ataque direto da Lava Jato à base aliada mostra como os ataques e medidas impopulares de Temer não são garantidos, e que, caso não sejam consolidadas, a operação tem a possibilidade de desestabilizar o governo. A tentativa desesperada de passar segurança para a população cada vez mais fica evidente. Direcionar suas forças aos aliados evidencia a ilegitimidade e a exasperação dos condutores do processo.
A tendência da Lava Jato é se tornar uma “Mãos Limpas”, operação italiana que desmantelou os principais partidos da ordem, mas não se propôs a punir os corruptos, e colocou Silvio Berlusconi no poder. Com uma estratégia aparentemente indefinida, qualquer um que tenha uma simples ligação com o esquema de lavagem de dinheiro pode ser atingido, causando ainda mais instabilidade na esfera política.
As incertezas trazidas pela trama do golpe reforçam a utilidade de imposição das necessidades populares, mostrando como o combate à corrupção não deve ser feito apenas para auxiliar nos interesses da elite, e sim para que essa própria elite seja extinta, trazendo os direitos da população ao primeiro plano do debate político.
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