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MARXISMO NA UFRGS
Ciclo de Debates Marxistas em apoio a ocupação da Letras/UFRGS
Redação Rio Grande do Sul

Neste dia 26 estava previsto o quarto debate do ciclo, que teve como tema a Revolução Russa no seu aniversário de 99 anos. A ocasião não poderia ser melhor. No mesmo dia os estudantes de letras da UFRGS ocuparam a faculdade e o ciclo transferiu suas atividades para a porta da ocupação.

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Dezenas dos que passavam pelo prédio ocupado do Instituto de Letras na UFRGS pararam para acompanhar o debate. Logo na abertura, Thiago Rodrigues, editor do Esquerda Diário RS, ressaltou a importância das ocupações e da luta da juventude contra as medidas do governo golpista de Temer. Ele também destacou como era natural o apoio do ciclo à ocupação da Letras, na medida em que o “marxismo que temos defendido no ciclo não é um marxismo acadêmico, que fica confinado nas bibliotecas, mas uma teoria que deve servir para iluminar o caminho das lutas da juventude e da classe trabalhadora”.

Depois da queda do Muro de Berlim em 1989 e da dissolução da União Soviética em 1991, a burguesia impôs uma ofensiva ideológica que vendeu a ideia de que toda a revolução que se enfrentasse ao capitalismo terminaria se burocratizando como a Revolução Russa. Que qualquer movimento contra a democracia burguesa, terminaria no totalitarismo.

Resgatar as lições históricas da Revolução Russa e reabilitar sua imagem aos olhos das novas gerações é uma tarefa indispensável, pois é impossível pensar na luta contra o capitalismo no século XXI, passando ao largo da experiência da URSS. É preciso resgatar as lições que ela nos deixa, e aprender das causas da sua derrota.

Além de Thiago Rodrigues, Daniel Dias, do grupo Ontologia e Combate também estava na mesa de debate. Eles abordaram elementos de análise e intervenção na realidade que a experiência dos russos nos traz.

A democracia operária, fundamentada no poder dos conselhos de base, os sovietes, é sem dúvida uma valiosa lição que pode e deve ser tomada por nós nas lutas atuais. Através desses organismos os operários soviéticos debatiam e decidiam os rumos da sociedade, elegendo seus representantes, que eram revogáveis a qualquer instante. O exemplo utilizado no debate foi a necessidade de unificação nacional das lutas em curso. A experiência dos sovietes nos mostra que a única maneira de garantir a unidade efetiva do movimento nacionalmente é justamente a partir da democracia de base, com cada ocupação elegendo seus representantes em assembleia e formando a partir disso um comando nacional das ocupações.

A experiência da Revolução Russa mostra também que os sovietes, enquanto eram dirigidos pelos partidos conciliadores, perdiam seu potencial revolucionário, que só pode se expressar de forma plena com a revolução de Outubro e através da atuação dos bolcheviques. Da mesma forma hoje nos processos de luta da juventude faz falta uma organização revolucionária que lute pela democracia de base e por um conselho nacional das ocupações e para evitar que a luta seja desviada e contida pelas direções petistas.

É fundamental também uma organização revolucionária que parta do balanço histórico do que foi o PT, evitando que as novas gerações estejam condenadas a repetir os erros do passado e que permita que a experiência de cada processo de mobilização seja transmitido para as novas gerações.

No encerramento do Ciclo de Debates Marxistas na UFRGS, que está previsto para o próximo mês, teremos a presença de trabalhadores marxistas para abordar como toda essa experiência histórica e teórica é, ainda hoje, uma potente ferramenta para luta da classe trabalhadora. Acompanhe pelo Facebook do Esquerda Diário.

 
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