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OCUPAÇÕES
A educação em chamas e você aí parado educador?
Diego Nunes
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Após junho de 2013, as ocupações de escolas e universidades são um dos maiores movimentos sociais de base da história recente do Brasil. Uma grande mobilização com razão de ser, pois o governo estupidamente prepara os dois maiores ataques dos últimos tempos contra a população jovem, estudante e trabalhadora: a PEC 241 (PEC do apocalipse) e a MP 746 de reforma do Ensino Médio. Tudo para proteger o lucro de banqueiros e empresários, os credores da dívida pública. 43% do orçamento da união é destinado a pagar juros de dívidas irresponsáveis criadas por políticos corruptos durante décadas. Pois bem, o que faz uma pessoa endividada? Renegociação, revisão dos juros, acordos para tornar o pagamento viável. As dívidas públicas, no entanto, não endividam os gestores públicos, mas toda a população.

Os corruptos não se importam em assinar em nome de todos os contratos superfaturados que assinam. Quando dizemos: "que os ricos paguem pela crise", estamos afirmando que o governo deve rasgar os contratos que resam juros abusivos e deixar de alimentar essa casta de credores que ja receberam muitas vezes o que emprestaram. Mas, ao invés disso, o governo prefere aplicar um discurso à população propagandeando a necessidade de reduzir gastos com saúde e educação, previdência e direitos trabalhistas para superar a crise. Joga assim toda a crise sobre as costas da juventude e dos trabalhadores. A corda sempre arrebenta na parte mais fraca diz o ditado, saúde e educação são essa parte? Não podem ser!

É assustador ver professores trabalhando como se tudo estivesse bem. Como se ganhassemos o piso nacional e como se nosso salário não estivesse parcelado. Andam preocupados em terminar o ano letivo, recuperar minuto a minuto da greve para sair de férias. Não há debate sobre o assunto, só resmungos pelo corredor. As ameaças de desobrigar o governo de oferecer educação gratuita, desobrigar o ensino de Filosofia, Arte, Sociologia, Educação Física, deveriam ser os assuntos mais tratados em salas de professores.

Porém se tomarmos as fases do luto, e trata-se do luto pela educação, a maioria dos professores no RS ainda está na fase da negação, não estão acreditando no que está acontecendo, dizem: "isso não vai passar, imagina o absurdo!" Precisam passar da negação para a raiva, e dizerem: "não vamos deixar passar!" A raiva leva à luta! Se não fizermos nada por nós mesmos, ninguém o fará! O CPERS precisa chamar a base à debater esses retrocessos que estão em curso e chamar uma grande assembléia para que se deflagre uma greve que fortaleça todo o movimento estudantil que está protagonizando as ocupações para mostrar ao governo que o futuro que queremos é um futuro onde todos possam ter oportunidades e acesso à educação de qualidade.

Contra a PEC241 e a MP746!
Não tem arrego!
Todo o apoio as ocupações!!!

 
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