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ECONOMIA
Mais de 1800 empresários pedem falência, quem paga o pato são os trabalhadores
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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O número de pedidos de recuperação judicial é recorde desde a criação da Lei de Falências em 2005. Até setembro deste ano, representou um crescimento de 62% e deve terminar com 1800 empresas nesta situação. De acordo com a avaliação de consultores especializados em processos de reestruturação é que o número de pedidos de recuperação judicial continuará elevado.

De acordo com Renato Carvalho Franco, presidente da consultoria TMA: ’’Esse número vai continuar alto pelos próximos 18 meses. À medida que a crise se instala, vai se espalhando pela economia. As empresas que estão sobrevivendo não necessariamente estão sobrevivendo de forma saudável’’.

De um lado, a crise econômica capitalista que o Brasil está passando está fazendo com que as empresas não tenham a taxa de lucro que os donos destas grandes empresas pretendem ter. Para buscar sempre o aumento da taxa de lucro, os grandes empresários e banqueiros buscam atacar os trabalhadores sejam com as demissões, com o não pagamento dos salários e direitos trabalhistas, mas também buscando acordos diversos com o Estado.

Para realizar estes acordos com o Estado, os patrões se utilizam de chantagem. Ou seja, para conseguir alguma benesse por parte do Estado, os grandes empresários são capazes de ameaçar fechar as portas e deixar milhares de famílias nas ruas.

Lembrando que mesmo após usar destas benesses, os patrões tem a prática de demitir e retirar direitos dos trabalhadores. Por outro lado, ao contrário do que dizem setores pró-empresariais, a grande maioria das vezes que ocorre o fechamento de alguma fabrica o patrão busca outras fontes para poder enriquecer.
Estes mesmos setores pró-empresariais dizem que o motivo do fechamento das fabricas é por conta dos direitos trabalhistas. Sabemos que por conta da concorrência, mecanismo tipico da dinâmica capitalista fazem com que empresas quebrem e seja incorporadas por outras.

Grande partes destas pequenas empresas que quebram, não conseguem concorrer com grandes monopólios.

Ao mesmo tempo que o Estado tem políticas para estas empresas, não se toma nenhuma medida para defender os empregos dos trabalhadores. Ao mesmo tempo em que salva as empresa, o Estado, através do judiciário, do executivo e do legislativo encabeça a reforma trabalhista que faz com que o negociado fica acima do legislado, os patrões terão muito mais facilidade para poder demitir e impor péssimas condições de trabalho.

É preciso travar uma grande batalha contra o fechamento das fabricas, assim como contra as demissões. O drama nos grandes jornais é dos empresários, que mantém seus capitais, suas fortunas, e tem a Lei de Falências para se beneficiar. Esta lei prioriza o pagamento de credores antes do pagamento dos direitos trabalhistas, facilita demissões.

A CUT, CTB e os grandes sindicatos do país seguem em uma trégua com os patrões e com o governo Temer. É preciso denunciar essa trégua e exigir verdadeiros planos de luta nas empresas que ameaçam fechar, exigindo a abertura das contas e da contabilidade das empresas.

 
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