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Começa a ser votada na Câmara a reforma política que censura a esquerda
Matias Aires
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O presidente da comissão especial que vai discutir a reforma política na Câmara, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), afirmou nesta terça-feira, 25, que pretende conduzir o colegiado de maneira isenta. "O que nós queremos é uma reforma política, não partidária", disse, após café da manhã com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e parlamentares da oposição.

Após ter sua instalação adiada na quarta-feira, 19, devido à prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a comissão especial deve ser instalada nesta terça-feira, mas vai deixar para o ano que vem a discussão de temas mais polêmicos, como a alteração do sistema político e o modelo de financiamento de campanha.

Vieira Lima afirmou que a ideia é começar a discussão por onde há mais consenso, como o tempo de duração das campanhas, e deixar para o ano que vem os assuntos que geram mais divergências. "Já estamos no fim do ano. Vamos começar discutindo perfumaria", afirmou.

Também após o café da manhã com Maia, o deputado afirmou que a votação do segundo turno da PEC do Teto de Gastos no plenário - prevista esta terça - não vai atrapalhar a instalação da comissão.

Trata-se de cristalizar um primeiro ponto da censura à esquerda (a diminuição do tempo de campanha) que por não ter o mesmo aparelho partidário que os corruptos partidos tradicionais da burguesia tem mais dificuldade de fazer-se conhecida. A diminuição do tempo de campanha, junto à quase inexistência do tempo de TV e rádio, prejudica o surgimento de uma alternativa política dos trabalhadores à esquerda do PT.

Ademais, como vimos no primeiro turno municipal, este regime eleitoral curto facilita as campanhas dos candidatos milionários, 23 dos quais foram eleitos no primeiro turno das eleições. Empresários como João Dória em SP ou Vitorio Mediolli em Betim (que detém posse de 2 jornais e várias usinas na cidade) controlaram a campanha com seus imensos recursos e sem dúvida colocarão sua "gestão" a serviço dos capitalistas.

Toda a esquerda será prejudicada pela reforma política proscritiva que será votada no Congresso. Trata-se de uma enorme batalha política a ser feita contra esta democracia dos ricos (uma verdadeira antidemocracia que afasta os trabalhadores e a população pobre da política), como fizemos com as candidaturas anticapitalistas do MRT.

 
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