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REFORMA POLITICA
Reforma Política ganha força no Congresso para tornar o regime mais restrito
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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O resultado eleitoral favorável ao governo Temer nas eleições municipais, deu animo para acelerar alguns pontos da reforma política em discussão, sendo essa reforma junto aos ajustes, uma hierarquia para o governo golpista. Com algum consenso entre governo e oposição, a expectativa é que o Senado aprove, em dois turnos, em novembro uma proposta de emenda á Constituição que estipula o fim de coligações e a instituição de cláusula de desempenho.

As medidas tentam barrar a proliferação de partidos, ao tirar Fundo Partidário e tempo de televisão daqueles partidos que não alcançar o piso de votos, com isso seu objetivo central é impedir o desenvolvimento de partidos e organizações de esquerda, ao mesmo tempo que reduzindo os partidos tenta criar uma espécie de "bi partidarismo" brasileiro, no caso com mais que apenas dois partidos, mas mantendo a lógica de privilegiar só os principais partidos do regime.

O presidente da Casa, Renan Calheiros, quer ainda incluir na votação o fim da reeleição para cargos do Poder Executivo. A proposta estipula que, a partir das eleições de 2018, os partidos obtenham ao menos 2% dos votos em no mínimo 14 unidades da federação. A segunda proposta é extinguir a coligação entre partidos para vereadores, deputados federais e estaduais e também senadores. A desculpa para adotar esta medida é para acabar com o efeito Tirirca, em que um candidato consegue votos suficientes para conseguir se eleger e outros colegas.

A intenção dos deputados e senadores com a proposta de Reforma Política é de silenciar a esquerda e os trabalhadores. Esta direita tem medo que as idéias da esquerda, dos trabalhadores e da juventude expostas durante o período eleitoral possa servir de ajuda para a luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Num momento de crise econômica, os grandes empresários e seus representantes procuram de toda maneira silenciar a luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade.

Sabemos que qualquer argumento dado da direita para justificar a reforma política é uma tremenda de uma falácia. Os mesmos partidos que falam que é preciso ’’combater’’ os partidos fisiológicos, assim como combater o ’’efeito tiririca’’, são os mesmos que utilizam os partidos fisiológicos e também do efeito tiririca para se eleger.

Outro elemento que chama atenção na articulação para a implementação da reforma política é o acordo que existe entre a oposição e o governo em torno desta pauta. O PT, assim como o PCdoB e a Rede não podem dar resposta ao momento político que o país esta passando, porque querem mostrar para os grandes empresários e banqueiros que são confiáveis e que em 2018 ’’merecem’’ ser governo novamente.

A luta contra a reforma política de Eduardo Cunha está totalmente ligado a construção de uma alternativa política independente dos trabalhadores para responder a atual situação que o país está passando. Conforme escrevemos aqui anteriormente, a direita morre de medo de que os trabalhadores consigam construir esta saída.

 
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