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Centro Acadêmico da Educação USP realiza debate sobre a reforma do ensino médio e a PEC 241
Redação

Promovido pela atual gestão do Centro Acadêmico da Faculdade de Educação o debate Reforma do Ensino Médio e PEC 241? A FEUSP vai resistir!, aconteceu nessa terça feira e contou com a presença de centenas de alunos, professores e funcionários da faculdade.

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Para conseguir promover o debate com o conjunto dos membros da comunidade FEUSP foram realizadas duas mesas, nos dois períodos de aula. No debate da tarde estiveram presentes a professora da Faculdade Sônia Kruppa, o diretor do Sindicato de Trabalhadores da USP (SINTUSP) e militante do PSTU Reinaldo e o diretor do Centro Acadêmico Professor Paulo Freire (CAPPF), Guilherme Hurba. No período da noite, a mesa contou com a participação de Diana Assunção, colunista do Esquerda Diário e diretora do SINTUSP

A professora Sônia Kruppa colocou desde a mesa alguns elementos sobre a necessidade do governo golpista de promover o ajuste fiscal para manter os interesses da classe dominante. Como militante do PT, ela colocou também sua perspectiva de como esse partido atuou nos anos em que governou o país. No debate da noite, a professora chegou a exibir um vídeo de Dilma Rousseff, colocando fortemente o discurso que vem sendo articulado pelos petistas do país, sobre a necessidade de reorganização da esquerda e a defesa do partido sem nenhuma crítica aos anos que ele governou contra os trabalhadores. Como parte do debate o trabalhador da faculdade Reinaldo, expressou sua visão a respeito de como essas medidas adotadas por Temer visão atacar os trabalhadores e a juventude, contudo seguindo a linha do seu partido expressou colocou que esse governo não é um governo golpista

Como representante do Centro Acadêmico, Guilherme Hurba colocou quais eram os efeitos da reforma do ensino médio e da PEC que visa congelar os gastos públicos, que vem sendo chamada como PEC do Fim do Mundo. Que como estudantes da Faculdade de Educação era necessário refletirmos esses ataques a luz do que significa o golpe institucional no país, que só foi possível devido a estratégia petista de conciliação de classe, que abriu espaço para que essa direita se fortalecesse. Reivindicou as quase 700 ocupações no estado do Paraná como um exemplo de luta e resistência, que merece todo nosso apoio e solidariedade.

Diana Assunção colocou como esses ataques do governo golpista são fundamentais para a estratégia da burguesia de jogar os custos da crise nas costas dos trabalhadores. E que para podermos efetivamente barra-los era necessário organizar uma forte luta pela base, ao contrário da trégua promovida pelas grandes centrais sindicais como CUT e CTB e das entidades de massas estudantis como a UNE. Diana, que é militante do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, se contrapôs a opinião da professora Sônia Kruppa dizendo que na luta contra os ataques como a PEC 241, a reforma do ensino médio e todas as retiradas de direitos que vem sendo implementadas pelo governo golpista é necessário atuar desde uma perspectiva independente e anticapitalista, pois a estratégia do PT se comprovou na prática que é uma estratégia falida e que não podemos ter nenhuma ilusão nessa tentativa do PT se recompor após o golpe e o fracasso eleitoral, agora como oposição responsável, que não vai incendiar o país contra os ajustes dos golpistas.

A respeito do conteúdo do debate Willian Garcia, diretor do Centro Acadêmico e militante da Faísca – Juventude Anticapitalista e Revolucionária declarou que: “Realizamos um grande debate com a presença de centenas de estudantes, trabalhadores e professores da Faculdade. Achamos que é fundamental a promoção de espaços como esse onde possamos debater mais profundamente o que são esses ataques que o governo Temer vem promovendo. Desde o CAPPF valorizamos que as diferentes posições possam se expressar, contudo isso não significa em momento algum que a gestão não tenha sua própria opinião, pelo contrário. Nossa gestão se elegeu com um programa que era claramente independente das reitorias e dos partidos burgueses”.

Para finalizar Mariana Vilas Boas, também diretora do Centro Acadêmico e militante da Faísca declarou que “Lutamos contra o golpe institucional de forma independente do PT pois vimos como sua estratégia de conciliação de classes é falida e leva ao fortalecimento da direita. Justamente por isso acreditamos que o que vem acontecendo hoje no Paraná é um exemplo a ser seguido, quase 700 escolas ocupadas mostrando que a juventude quer lutar contra os ataques. Para nós, ao contrário de como atua as grandes entidades petistas, como a UNE e UBES, somente com a organização pela base é que poderemos construir um forte movimento capaz de derrotar os ataques e ajustes dos golpistas. Por esse motivo queremos impulsionar novamente o Fórum FEUSP, para que o conjunto da comunidade da faculdade possa debater um plano de lutas contra os ataques, que se coloque de forma independente dessa tentativa de ressurgimento do PT, e comece por uma rede de solidariedade ativa as ocupações no Paraná”.

 
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