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JUVENTUDE
Secundaristas de Marília/SP realizam importante ato contra a Reforma do Ensino Médio nesta terça-feira
Redação

Na manhã desta terça-feira, 18 de outubro, os estudantes secundaristas da cidade de Marília, interior de São Paulo, realizaram um primeiro ato contra a Reforma do Ensino Médio imposta de maneira arbitrária através da Medida Provisória nº746 (MP 746).

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A medida imposta pelo governo golpista de Michel Temer e pelo Ministro da Educação José Mendonça Filho, o mesmo que se reuniu com o estuprador declarado Alexandre Frota para discutir o projeto do “Escola Sem Partido”, vem seguido de uma sequência de ataques aos direitos sociais como a PEC 241, “a PEC do fim do mundo”, que estipula um teto máximo de gastos nos serviços públicos como Educação e Saúde por 20 anos.

O início do ato teve como ponto de partida as escolas E. E. Sylvia Ribeiro de Carvalho e E. E. José Alfredo de Almeida, duas importantes escolas que também estiveram em luta e foram ocupadas no ano de 2015 contra o projeto de reorganização escolar, e a E. E. Vereador Sebastião Mônaco, além da presença de estudantes de diversas outras escolas. A concentração para o ato foi marcada em frente à prefeitura e teve como destino a Diretoria de Ensino de Marília. Durante o trajeto do ato os estudantes puderam panfletar para a população informando o que é a MP 746 e gritar palavras de ordem criticando o governo golpista de Michel Temer que representa a retirada de direitos desses jovens e de toda a população trabalhadora. Após a chegada na Diretoria de Ensino, a Dirigente de Ensino de Marília compareceu ao chamado dos estudantes e foi rechaçada, não apresentando nenhuma proposta, apenas questionou o porquê da participação dos estudantes no ato enquanto eles reivindicavam seus direitos.

Professores da rede de ensino também estiveram presentes desde o início do ato em Marília organizado pelos estudantes e lembrando que para ser consequente em uma luta contra a Reforma do Ensino Médio, por uma Educação pública e de qualidade, e contra os ataques aos direitos pelo governo, é necessário unificar a luta dos estudantes e dos professores!

Em 2015 o governador Geraldo Alckmin – PSDB e o então Secretário de Educação Herman Voorwald, tentaram autoritariamente implantar o projeto de reorganização escolar que cortaria gastos da educação e fecharia escolas. Naquele momento foram mais de 200 ocupações de escolas em todo o estado pelos estudantes, e o projeto foi momentaneamente derrotado. Ao início do ano, o governo estadual de diferentes formas já vem atacando a educação, com fechamento de salas, corte nas impressoras. Após o golpe institucional ter se consolidado, que resultou no impeachment de Dilma Rousseff – PT e a ascensão de Michel Temer – PMDB, a Reforma do Ensino Médio retoma com força a agenda de ataques à educação nacionalmente, a resposta dos estudantes tem sido com a mesma tática: as ocupações de escolas se alastram por todo o país, estando o estado do Paraná na vanguarda.

Alguns dos professores presentes na manifestação e que também fazem parte do grupo Professores Pela Base deram algumas declarações no ato sobre a Reforma do Ensino Médio:

Breno Cacossi apontou: “A Reforma do Ensino Médio é uma continuação da política do estado de São Paulo de projetar uma reorganização arbitrariamente sem consultar os estudantes, os professores e a comunidade escolar. Ano passado os estudantes deram um exemplo quando ocuparam mais de 200 escolas e barraram a reorganização escolar do Geraldo Alckmin. Essa Reforma também faz parte dos ataques a Educação e a Saúde como a PEC 241, que nada mais é do que um congelamento de investimentos por 20 anos, causando danos terríveis a toda população pobre e trabalhadora. O ato de hoje foi um importante pontapé inicial para que Marília entre nessa luta que é nacional”.

Diego Damaceno acrescentou: “Essa PEC 241, a Reforma do Ensino Médio e o Projeto do “Escola Sem Partido” fazem parte desse giro à direita que estamos vivendo após o golpe institucional, onde o próprio PT já seguia uma política de conciliação de classes e de ataques a classe trabalhadora quando trabalhava pela reforma da previdência, com a lei antiterrorista que criminaliza movimentos sociais, a abertura à privatização do pré-sal, escancarou as parcerias com a iniciativa privada, e os inúmeros escândalos de corrupção. O estado do Paraná já está com mais de 600 escolas ocupadas e 6 universidades em greve contra a Reforma do Ensino Médio e contra a PEC 241. A juventude tem um potencial que precisa servir de lição para todas as lutas, no ato de hoje gritamos que São Paulo vai virar o Paraná!”.

 
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