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UNAM - México
O Brexit e o movimento Nuit Debout na França analisados na Cátedra Karl Marx
Redação

Aconteceu na Universidade Nacional Autônoma do México a terceira sessão da Cátedra Livre Karl Marx "A União Europeia em questão. O Brexit e o movimento Nuit Debout na França".

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Esta sessão da Cátedra contou com a participação de Sergio Moissen, professor na Faculdade de Ciências Políticas e Sociais, doutorando em Estudos Latino-Americanos e membro do Movimento dos Trabalhadores Socialistas (MTS).

Com a presença da juventude, foi discutida a situação atual da União Europeia, à partir de dois eventos recentes. Por um lado, a expressão no referendo realizado pela Grã-Bretanha para deixar a União Europeia (Brexit), e por outro, a participação da juventude francesa ao lado dos trabalhadores nas ruas e nas praças da França contra a reforma trabalhista de François Hollande, que se tornou conhecido como o movimento Nuit Debout.

Sergio Moissen começou explicando que os planos de ajustes que trazem fortes consequências para a classe trabalhadora aplicados na América Latina, como produto da ofensiva neoliberal desde os anos oitenta, são agora executados nos países centrais da Europa, mais claramente a partir da crise de 2008, contra a qual os trabalhadores, as trabalhadoras e a juventude foram às ruas para manifestar seu descontentamento. Como exemplo tem a Espanha, a Grécia e mais recentemente a França.

Depois da crise, a juventude protagonizou grandes protestos, a partir de 2011 no Oriente Médio com a primavera árabe e depois na Europa com greves gerais de trabalhadores ao lado da juventude na Grécia.

Atualmente, acontece na França um ascenso da luta de classes diante da proposta de flexibilização do trabalho, em que os trabalhadores e a juventude tem ocupado as praças, dizendo que são os trabalhadores do futuro e rechaçando o papel da polícia que os reprime. Foram esses mesmos trabalhadores que organizaram greves contra a reforma de Hollande.

Apesar da existência de fenômenos que mostram um avanço em um questionamento pela esquerda aos planos de ajuste da União Européia, o que prevalece no continente é uma polarização, onde, além de tais fenômenos, há expressões diante da crise pela direita. Um exemplo desse fortalecimento de grupos de extrema direita como Amanhecer Dourado na Grécia ou o estado de exceção na França que levou a um reforço das políticas xenófobas e racistas.

No caso da Grã Bretanha a expressão no referendo de não querer permanecer mais na União Europeia ocasionou um cisma político na Europa e uma reconfiguração. Como a União Europeia desde a sua criação representou o projeto da burguesia para criar uma Europa unificada com uma moeda única antes do Brexit, hoje esse projeto se coloca em questão.

Enquanto David Cameron queria atacar os "eurocéticos" de seu partido com um chamado para um referendo, pensando que a maioria votaria por permanecer na União Europeia, o Brexit significa agora o fechamento das fronteiras e políticas anti imigrantes.

Diante desse panorama, Sérgio Moissen indicou que a tarefa é construir alternativas independentes também aos neo reformismos como Syriza e PODEMOS, que no marco da crise atual terminaram por aplicar os planos de ajuste, a tarefa é construir uma organização de mulheres, trabalhadores e jovens com uma perspectiva anticapitalista, revolucionária e socialista.

Tradução de Beatriz Beraldo

 
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