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CRISE NO FIES
Atraso de 4 meses no repasse para o FIES ameaça a manutenção dos estudantes nas universidades
Beatriz Beraldo

Com atraso de mais de 4 meses no repasse para o FIES, estudantes das universidades privadas temem não conseguir se rematricular

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Desde a consumação do golpe, já são anunciados vários ataques à população com a reforma da previdência, a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio. O cenário para os estudantes do ensino privado não é diferente. Após intensa mobilização contra os cortes no FIES, no PIBID e a redução das bolsas do PROUNI já iniciados pelo governo Dilma, os estudantes se deparam mais uma vez com problemas no FIES.

A cada semestre os estudantes precisam aditar os seus contratos, mas esse processo está sendo impedido pelo atraso na liberação de recursos para o repasse às instituições. O Ministério da Educação alega que o atual governo do golpista Michel Temer encontrou o FIES sem orçamento. Para esse repasse acontecer, é preciso aprovar um projeto de lei que garantiria destinar R$ 800,00 milhões para o pagamento das dívidas e assim regularizar a situação, mas as votações foram adiadas duas vezes por falta de quórum. O MEC anunciou que o sistema de aditamento será liberado, mas sem a aprovação da medida o estudante terá que arcar com dívidas milionárias quando for efetuar a rematrícula. Ou seja, a rapidez para votar a PEC 241 e o descaso com a votação da medida provisória que liberaria esse orçamento se combinam, deixando claro que para os poderosos não interessa defender que a juventude trabalhadora continue estudando.

O FIES é um programa que ao mesmo tempo garantia o ingresso de uma grande parcela da juventude trabalhadora que não tem espaço nas universidades públicas pelo filtro social do vestibular, entrega o ensino para o setor privado onde grandes monopólios da educação só se enriquecem às custas das dívidas de milhões de jovens. Essa juventude terá que recorrer a empréstimos e financiamentos privados para conseguir se manter na universidade se não desistir por não possuir condições materiais para arcar com uma crise que não é sua.

A PUC Campinas, assim como outras universidades, vem orientando os estudantes a negociarem o valor da dívida direto com a instituição. Medida essa que tenta colocar aos estudantes que é a única saída para continuarem na graduação ao mesmo tempo que contam com a evasão destes que não tem dado lucro para a universidade.

É dessa forma que o governo golpista e as grandes empresas saem lucrando ao descarregar a crise em nossas costas. Nós da Faísca, acreditamos que cada vaga do FIES deve ser defendida, mas sabemos qual é o limite desse programa e a nossa luta contra todos os ataques à educação também deve ser uma luta contra esse projeto privatista. Por isso o espírito dos estudantes secundaristas que ocupam hoje mais de 600 escolas no Paraná contra a reforma do ensino médio precisa se alastrar pelas universidades privadas e por todo país, arrancando a anistia das dívidas e garantindo que os estudantes permaneçam na universidade mas também lutando pela estatização das universidades privadas sob controle dos usuários e trabalhadores, para impedir que esse dinheiro caia nas mãos dos grandes empresários. Chamamos a todos a organizar desde suas universidades e escolas uma grande luta contra os ajustes para barrar os ataques do governo golpsita.

 
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