O Paraná amanheceu nesta segunda-feira (17) ainda no ascenso do movimento de ocupação de escolas contra a MP da Reforma do Ensino Médio e contra a PEC 24, mas também com a categoria de professores em greve contra um projeto de lei de Beto Richa que ataque a data-base.
Dessa forma o governo do Paraná decidiu que nessa semana, do dia 17 a 21 de outubro, o estado entraria em recesso escolar, mas apenas aos colégios “invadidos” (os demais seguem em aula). A justificativa do adiantamento deste período é para que ele sirva aos diretores das escolas negociarem a desocupação das escolas. Além disso, o governo acionou o Conselho Tutelar para que este faça visitas nas escolas a partir de hoje para averiguar se os estudantes menores de idade estão em alguma “situação de risco”. Ofícios foram enviados também ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
Para o governo, as questões internas às escolas deverão ser decididas pelos diretores em conjunto com o conselho escolar. Configura-se uma tentativa do governo em jogar a responsabilidade para os diretores de lidar com as ocupações através da dissociação das pautas internas de cada escola à pauta geral, política, de resistência aos ataques à educação desferidos pelo governo golpista e apoiados por Beto Richa.
Ainda, o procurador-geral do Estado, Paulo Sérgio Rosso, afirmou que os atos praticados por menores ocupantes das escolas podem levar à responsabilização de seus pais. Isso pode configurar em uma tentativa do governo de pressionar os familiares dos ocupantes para que ajam contra as ocupações.
Com essa medida de recesso, o governo de Beto Richa se esforça na tentativa de combater a resistência aos ataques do governo golpista aplicando uma manobra para que outras escolas não sejam ocupadas nessa semana, mas também de tornar a greve de professores, iniciada hoje, um movimento sem impacto imediato.
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