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CONTRATAÇÃO PROFESSORES
Alckmin anuncia que vai convocar 20,9 mil professores para 2017
Redação

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou na manhã desta sexta-feira, 14 de outubro, a autorização de convocação de mais de 20,9 mil professores aprovados em concurso realizado em 2013 para o próximo ano. Segundo o governo, a autorização será publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo deste sábado, 15. De acordo com o governo, das 59 mil vagas abertas para professores do ensino fundamental 2 e ensino médio em todo o Estado, 38 mil tiveram nomeação.

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Foto: UOL

O anúncio foi feito durante evento em homenagem ao Dia do Professor e às 20 escolas estaduais com melhor desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul de São Paulo, Alckmin parece querer agradar com o que seria básico, enquanto reprime ocupações de estudantes e nega reajuste aos professores sistematicamente, acabando com a educação publica.

O governo informou que a convocação é regionalizada e contempla todas as 91 diretorias de ensino da Secretaria da Educação e disciplinas. O edital com as datas da escolha de vagas será publicado após o processo de remoção, programado para novembro. A seleção será feita com base no desempenho dos candidatos e na classificação final dos participantes.

Vale lembrar que os professores aprovados que podem ser convocados agora pelo anuncio de Geraldo Alckmin aguardam essa chamada desde 2013 e por diversas vezes o governo anunciou que a contratação dos mesmo, como foi no final de 2015, prometendo a contratação de novos professores para 2016, o que não aconteceu.

O governo chegou ao absurdo de no começo do ano letivo de 2015 chamar os professores aprovados em espera para exercerem a profissão como contratados, ou seja, os famosos e precarizados professores categoria O. Isso porque no final de 2014 com a lei da "duzentena", onde os professores contratados apos dois anos de sala de aula são demitidos por 200 dias para não configurar vinculo com o estado, demitiu mais de 20 mil professores e o ano seguinte começaria com uma falta ainda maior de professores.

Este concurso de 2013 ficou conhecido entre os educadores de São Paulo como uma das maiores farsas do governo tucano, já que vários aprovados não foram chamados e os que foram entraram no lugar dos professores contratados, demitindo também outros milhares de professores e assim não cobrindo do deficit da rede.

Além disso, deve-se atentar em que contexto está situada essa convocação de Alckmin com os ataques brutais à educação do governo golpista de Temer (PMDB). Diante da Reforma do Ensino Médio e a aprovação da PEC 241, que congelará gastos públicos com educação e saúde até 2036, escolas são ocupadas por estudantes pelo país e, no estado de São Paulo, não foi diferente. Foram três ocupações pelo estado, em Sorocaba, Campinas e capital, que foram reprimidas com força policial e sem mandado judicial.

A forte luta por educação pública e de qualidade que se dá no Paraná, em que já são mais de 400 escolas ocupadas contra a Reforma e a PEC do Fim do Mundo são inspirações para a resistência dos trabalhadores da educação junto a juventude de estudantes que não aceita a precariedade da escola publica, que envolve diretamente a carreira dos professores. Não é possível confiar em um governo repressor, como o de Alckmin, que trata educação como caso de polícia.

 
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