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MINAS GERAIS | Zema quer extinguir os direitos dos servidores públicos e aplicar com Bolsonaro o fim da previdência

“Ninguém vai perder direitos, que chamo de privilégios, mas, daqui pra frente, alguns direitos serão extintos.” – disse ao O Globo o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que pretende ainda avançar com as privatizações e ajudar Bolsonaro a acabar com a aposentadoria no estado.

terça-feira 22 de outubro de 2019 | Edição do dia

Nada novo sob o sol da extrema direita: um governador patrão, que há muito tempo é um empresário riquíssimo, repetindo que os direitos dos servidores públicos (que, diga-se de passagem, no primeiro ano de seu governo já enfrentaram atraso de salário) são privilégios. Nas próprias palavras do abominável: “muito da reforma depende de mudança na legislação, como tempo de aposentadoria, contribuição, promoções automáticas. Mesmo a estabilidade, que questiono. Ter estabilidade para motorista, faxineiro, não acho que faz sentido. Enviamos projeto para a Assembleia autorizar adesão ao regime de recuperação fiscal do Tesouro. Depois virão privatizações, mudanças na Previdência, com alterações de alíquotas, aumento de tempo de contribuição e nos benefícios. Estamos aguardando definição sobre a PEC paralela (que inclui estados e municípios na reforma da Previdência). Se prosperar, e continuo otimista, vai poupar a Assembleia de tema controverso.”

Não satisfeito com os ataques aos direitos dos servidores, como o de estabilidade dos funcionários públicos, direito que os trabalhadores do serviço privado não possuem e vivem com muitas demissões, fruto da ganância dos empresários, Zema está visivelmente preocupado com a reforma da previdência, não economizou nas promessas para seu ídolo Bolsonaro e reafirmou sua sana privatista.

Não por acaso o governador do NOVO aumenta o tom após a aprovação em primeira instância do projeto Escola Sem Partido na câmara de vereadores. A direita mineira teme os estudantes e trabalhadores da educação que são linha de frente no estado contra os ataques do governo Bolsonaro e de golpistas como Zema, por isso se apressaram para aprovar este projeto na capital, cidade que abrigou as maiores manifestações dos últimos meses contra os ataques à educação. Zema se aproveita desse retrocesso que está em tramitação, mas terá caminho livre para aplicar seus planos de ajustes?

Para nada está descartado que a luta de classes seja um inconveniente para o governador. É preciso nos espelhar em exemplos como o do Chile e Equador para fazer a extrema direita nacional retroceder dos ataques que quer impor, e assim arrancar os direitos que só o caminho da mobilização, em unidade dos trabalhadores com a juventude, sindicatos, movimentos sociais e setores oprimidos, é alternativa.




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