Edital de contratação de trabalhadores da educação publicado pela Secretaria de Educação de Minas Gerais assume política discriminatória e exclui trabalhadores ABS, ATB e professores com comorbidades e maiores de 60 anos. Se você passou por esse constrangimento, envie sua denúncia para o Esquerda Diário, para expor a injustiça que a Secretaria de Educação quer esconder.
terça-feira 29 de junho de 2021 | Edição do dia
Dando seguimento a sua política de exclusão e de ataques ao conjunto da classe trabalhadora, Zema (Novo) impede, através de edital, que Auxiliares em Saúde Bucal (ASBs), Assistentes Técnicos de Educação Básica (ATBs) e professores com mais de 60 anos ou que possuem comorbidades possam ser contratados pela Secretaria de Saúde de Educação de Minas Gerais.
Com essa medida, o governador do Novo exclui parcelas relevantes das categorias da participação dos processos de seleção.
Não é possível descolar decisões como essa do governo de Minas de um projeto mais amplo que prioriza sempre o lucro às vidas dos trabalhadores, jogando a crise em suas costas.
E sobre isso, Flavia Valle, professora da rede estadual de Minas Gerais, disse para o Esquerda Diário:
“É escandaloso! O governo Zema exclui trabalhadores com comorbidades ou com mais de 60 anos de edital para contratação de ASB, ATB e professor na rede estadual de educação! Uma política de exclusão e discriminatória. É mais absurdo ainda quando consideramos que entre trabalhadores da educação, em especial as mulheres, muitas são diabéticas e hipertensas, e que sofrem ainda mais riscos com a pandemia.
Podemos trabalhar até morrer com a reforma da previdência mas não podemos trabalhar por causa de nossa idade ou devido à saúde debilitada por uma vida de trabalho. É um disparate!
Lutamos pela revogação da reforma da previdência e pela apuração imediata desses casos, que fere a isonomia entre servidores. É urgente a contratação de todos trabalhadores lesados por essa política discriminatória de Romeu Zema e da Secretaria de Educação de Minas Gerais.
Basta de pagar com a nossa vida a destruição da educação que governos como os de Zema e Bolsonaro, que vieram para aprofundar de forma violenta os ataques que a gente já enfrentava ao longo dos governos do PSDB e que o PT deu continuidade com fechamento de turmas e de escolas, o piso salarial abaixo do exigido constitucionalmente, atraso de salários.
Nós do MRT também lutamos pela imediata nomeação de todos os trabalhadores concursados na área da educação dos concursos de 2014 e 2017 e a efetivação sem concurso público das trabalhadoras ABS e ATB, com os mesmos direitos aos de um servidor efetivo.”
Contra esse sistema de miséria, que descarta aqueles que não são considerados úteis para a reprodução do capital, o que afeta profundamente as condições materiais de e a saúde mental da classe trabalhadora, devemos unificar as lutas de nossa classe, dos trabalhadores efetivos, terceirizados e desempregados, em defesa de cada um dos nossos direitos.