×

XII CEU UNICAMP | XII Congresso dos Estudantes da UNICAMP começa com repúdio à UJS

A juventude do PCdoB usa de agressões e opressão contra os opositores no Movimento Estudantil e isso os estudantes não vão aceitar.

Diego FelicettiCoordenador do CACH - Unicamp

quarta-feira 4 de novembro de 2015 | 15:21

A juventude do PCdoB usa de agressões e opressão contra os opositores no Movimento Estudantil e isso os estudantes não vão aceitar.

Começou hoje, dia 04, o XII Congresso dos Estudantes da Unicamp com o tema Brasil em Crise: para onde vai a Educação? O congresso começaria às 12h com um debate sobre democracia no Movimento Estudantil, mas a primeira atividade que os estudantes da Unicamp se viram obrigados a fazer foi um escracho à atual gestão do DCE dirigida pela UJS, Juventude do PCdoB que nacionalmente vem junto com o governo e com a direita (como bem exemplifica a foto de sua presidente, Carina Vitral, com Dilma e Kátia Abreu) descarregando a crise econômica nas costas dos trabalhadores e da juventude, através dos cortes milionários na educação e todo o pacote de ajustes.

O método de agressões e opressão da UJS

No último dia 29, ocorreu na Unicamp o CRU (Conselho de Representantes de Unidade), espaço para decidir como se daria o processo eleitoral do DCE 2016, mas a sede do DCE foi preenchida de “profissionais” da UJS para implodir o Conselho, já não bastava o tumulto que causavam a cada ponto do regimento a ser discutido, vários militantes da UJS se juntaram ao redor de um militante do Coletivo Domínio Público, o empurraram no intuito de causar uma briga e agrediram com um soco o militante do coletivo Juntos!, Diógenes de Araújo, que teve que ser levado ao hospital. A agressão ocorrida no CRU não é um caso isolado, agressão e opressão são práticas corriqueiras da UJS em todo o Brasil e se expressam na UNICAMP desde o processo eleitoral de 2014, quando vários casos de opressão foram relatados e em especial um caso ocorrido com uma estudante das Ciências Sociais que foi cercada por mais de 20 militantes homens da UJS e teve seu braço puxado, sendo perseguida durante os dias de eleição. Além disso, o Núcleo de Consciência Negra, o Coletivo Babado e a Frente Feminista da UNICAMP declararam seu repúdio à chapa pelos casos de opressão que se propagaram durante o processo eleitoral.

Um escândalo para toda a comunidade acadêmica e fora dela, a UJS que está ao lado do governo e de sua base mais reacionária, como a assassina de indígenas, Kátia Abreu, para impedir que a juventude lute contra um futuro precarizado, mostra que é capaz de agredir estudantes para defender seus interesses e não haver nenhuma mobilização contra o governo federal. Contra essas práticas que ocorrem desde o ano passado e contra o que significa a UJS dentro do movimento estudantil é que os estudantes da UNICAMP articularam um escracho contra a atual gestão, denunciando a toda comunidade acadêmica suas práticas agressivas e opressoras que nada fazem avançar o movimento estudantil.

A Assembleia com o tema a Democracia no movimento estudantil que abriria o Congresso não ocorreu, porque a atual gestão do DCE não se presta nem ao papel de divulgar e construir as atividades do Congresso, mais uma prova de que não estão interessados em mobilizar os estudantes da Unicamp. Mesmo com todo o entrave da UJS, os estudantes estão organizando as outras atividades do Congresso e hoje às 17h30 ocorrerá no CB a primeira mesa com o tema: Brasil em Crise: para onde vai a Educação? Vamos construir um forte Congresso mesmo com o burocratismo da UJS, e tirar um plano de lutas nesse momento de crise e duros ataques aos direitos da juventude e dos trabalhadores, para que os estudantes da Unicamp e de todo o país possam vencer os cortes e transformar a educação.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias