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PM NA UNESP | Violência polícial na Unesp de Rio Claro

Estudantes da Unesp Rio Claro foram reprimidos pela polícia militar depois de realizarem um protesto contra a presença da PM no campus. Abaixo reproduzimos a nota assinada pela direção de moradia.

quarta-feira 27 de abril de 2016 | Edição do dia

NOTA DE REPÚDIO
MORADIA ESTUDANTIL

O tema "segurança no campus" vem sendo discutido amplamente na UNESP em nível estadual, pelos órgãos colegiados e nos espaços composto apenas por estudantes. Diante das frequentes ocorrências de furtos nas redondezas da universidade, um grupo de estudantes sem qualquer ligação com alguma entidade representativa do seguimento estudantil organizou uma manifestação solicitando mais policiamento na região. A manifestação estava marcada para o dia 19/04/2016 as 14:00 horas em frente a UNESP. Estudantes contrários a presença da Polícia Militar (PM) se dirigiram para o local marcado com bandeira e cartazes, manifestando suas posições políticas. Ao chegarem ao local, percebendo que não havia qualquer movimentação, decidiram voltar para casa onde foram abordados pela PM durante o trajeto.

Mais uma vez a PM do Estado de São Paulo demonstrou seu despreparo, conduzindo uma abordagem com doses exageradas de coerção e tortura, distribuindo violência gratuita. Os três estudantes abordados foram agredidos e tiveram os seus direitos violados pelos policiais, fato que foi testemunhado e registrado em aparelhos celulares por outros estudantes que estiveram no local durante a ação. Mesmo sem terem cometido qualquer delito que os incriminassem, os estudantes receberam voz de prisão por desacato, o que gerou muita revolta por parte dos estudantes diante de tal injustiça. Não é novidade os casos de repressão policial que incide principalmente sobre a juventude negra e pobre da sociedade ou de setores que se colocam em luta contra as arbitrariedades do Estado. No ano passado, as manifestações de estudantes que se colocaram contrários a chamada "reorganização" escolar proposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e por seu secretário de Educação, Herman Voorwald, foi marcada por um show de horror e violência protagonizado pela PM, culminando na prisão de vários estudantes e professores. Ainda no ano passado, cinco policiais do 16° e do 23° batalhões da Polícia Militar de São Paulo foram presos por suspeita de executar um homem (negro) suspeito na região do Butantã. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), " a PM do estado de São Paulo, deveria ser extinta...". De acordo com o boletim sobre homicídios no Estado de São Paulo levantado pela ONU, 75% dos casos de execução ocorrem nas regiões periféricas e a juventude negra é a que mais sofre.

A Direção de Moradia (DM) da UNESP de Rio Claro repudia abertamente a Polícia Militar do Estado de São Paulo por sua ação desastrosa e inconsequente. Repudiamos a presença desta instituição dentro e fora da universidade por ser um grande contribuinte com o genocídio da juventude negra e pobre. Sua presença não nos trará segurança mas sim mais repressão ao Movimento Estudantil.

PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO!!!
PELO FIM DO GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA E POBRE!!!
PELO FIM DA POLÍCIA MILITAR!!!
MORADIA ESTUDANTIL EM LUTA!!!




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