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CENTRAIS SINDICAIS | "Véspera do 24M chamado pelas centrais sindicais e qual é o plano de luta?", Flávia Valle

Reproduzimos abaixo a declaração de Flavia Vale, professora da rede estadual de ensino de MG.

terça-feira 23 de março de 2021 | Edição do dia

“Na véspera do dia nacional de luta, anunciado pelas centrais sindicais em defesa da vida, da vacina, emprego e auxílio emergencial, seguimos sem saber: qual é o plano de luta? Não vemos nenhuma construção e debate nas bases. CUT e a CTB, que dirigem grandes sindicatos juntas, inclusive de categorias que tiveram mobilizações e iniciativas dos trabalhadores esse ano como professores, petroleiros e metalúrgicos não fizeram até agora nenhuma convocação ampla de reuniões, plenárias ou assembleias virtuais para ter a presença real das pessoas e pra que as trabalhadoras e trabalhadores possam debater, pensar e deliberar sobre um plano de mobilização pra fazer frente ao negacionismo de Bolsonaro e o cinismo de governadores e outros golpistas.

Se entramos nos sites das centrais sindicais encontramos alguns indicativos tímidos do dia 24, e em outras, como a Força Sindical, nem isso. Infelizmente se desenha um cenário de mais uma data chamada pelas centrais que nossa classe saíra sem ter nada de concreto para se organizar nos seus locais de trabalho.

Já viemos alertando sobre a forma absurda que CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, estão atuando, ou não atuando, em relação a esse dia de luta, quando a UNE, dos estudantes e dirigida pelos mesmos partidos, saiu com um chamado separado para o dia 30, ou seja, divisão entre os dois setores, trabalhadores e estudantes, que se unificados pode ser o combustível que precisamos para enfrentar a situação de fome, desemprego e perdas e mais perdas de amigos, familiares e entes queridos pela COVID.

É mais uma mostra de traição dessas centrais passar o dia 24, dia de luta, no pior momento da pandemia no país, sem nada real, concreto, sem um plano para nos organizar. CTB e, principalmente CUT, só pensam agora em 2022 para eleger Lula e em 2023 voltar ao governo, só que agora em um regime político ainda mais degradado, autoritário e com grandes ataques aos trabalhadores aprovados. Pior, com mais milhares de mortos pela pandemia e fome.

Mais uma vez dizemos que é urgente, que as centrais sindicais e os sindicatos organizem reuniões, plenárias e assembleias virtuais, ou presenciais onde houver segurança, para organizar um plano de lutas e fazer frente a Bolsonaro, Mourão e os golpistas. Lutar pelas medidas elementares contra a COVID, como vacinas para todos, testes, leitos e auxílio emergencial de no mínimo um salário-mínimo e colocar de pé comissões de segurança e higiene dos trabalhadores em cada local de trabalho. Mais do que isso, lutar também pra anular todas as reformas que deterioram ainda mais nossa vida, nos deixando mais vulneráveis a COVID."




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