×

DECLARAÇÃO | Reproduzimos a declaração de Valeria Muller, estudante de letras, trabalhadora precarizada, Militante do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) e fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas no Rio Grande do Sul.

Reproduzimos a declaração de Valeria Muller, estudante de letras, trabalhadora precarizada, Militante do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) e fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas no Rio Grande do Sul.

terça-feira 16 de março de 2021 | Edição do dia

“ Bolsonaro junto dos governadores são responsáveis pelo recorde de 2841 mortes de COVID-19 no Brasil no último dia sendo 502 dessas ocorridas no Rio Grande do Sul. Esse número que só tende a crescer diante da política negacionista de Bolsonaro, que faz total descaso e ainda debocha das milhares de famílias que perderam seus familiares com frases como “ Morreu, quer que eu faça o que?” ou “vou comprar vacina só se for na casa da sua mãe!”. Precisamos de um plano anticapitalista urgente para combater a pandemia e esse regime reacionário".

Na última semana, Bolsonaro teve o cinismo de afirmar que nunca foi negacionista e que atuou a favor do combate ao vírus. A questão é que Bolsonaro não atuou um segundo sequer no sentido de conter os avanços da pandemia, muito pelo contrário, ele atou o tempo todo com a intenção de manter os lucros dos capitalistas nem que pra isso milhares de trabalhadores morressem com um sistema de saúde totalmente defasado pelos cortes e com a liberação dos comércios e normalização das rotinas de trabalho nas fábricas e estabelecimentos, expondo os trabalhadores a aglomerações no transporte público e nos seus locais de trabalho.

Não esqueçamos que Bolsonaro também assinou as MP’s que davam carta branca para que os empresários pudessem demitir os funcionários com pouquíssimos direitos garantidos no início da pandemia e cortou o auxílio emergencial progressivamente com a desculpa de que era muito gasto para o governo, mas no início da pandemia liberou um trilhão de reais de dinheiro público aos banqueiros para salvá-los da crise.

Nesse sentido se faz mais que necessário um programa anticapitalista para que possamos encarar a pandemia e evitar mais milhares de mortes que estão por vir se a coisa continuar nesse ritmo. Nós precisamos de testes massivos para toda a população, além de precisarmos da quebra das patentes para que possamos ter acesso aos dados de pesquisa e métodos de tratamento para assim avançarmos o mais rápido o possível na direção da contenção do vírus. Precisamos também utilizar dos hotéis e imóveis ociosos para oferecer uma quarentena de qualidade a todos os infectados, e separá-los do restante das pessoas fornecendo alimentação e tratamento adequado.

Os locais de trabalho precisam funcionar com comissões de higiene e segurança , além do SUS precisar estar sob controle total dos trabalhadores da saúde e com a contratação imediata de mais funcionários. Precisamos que a indústria seja reconvertida para a produção de insumos e EPI’s numa verdadeira operação de guerra contra o vírus, mas sabemos que isso não vai se dar a partir da vontade de Bolsonaro e todos os golpistas. Somente uma assembleia constituinte livre e soberana imposta pela luta pode dar cabo de impor todas as nossas necessidades a esse regime degenerado do golpe.

Por isso é mais que urgente que as centrais sindicais saiam da sua tréguacom o governo, os governadores e os golpistas para organizar um plano de lutas que possa levar adiante todas essas demandas, sanitárias, sociais e econômicas que são urgentes para o conjunto da população. As organizações de esquerda deveria organizar um polo antiburocrático para enfrentar a burocracia sindical invés de aplaudir as medidas repressivas dos governos pelas mãos da polícia. Somente os trabalhadores organizados são capazes de dar solução a essa situação e enfrentar Bolsonaro, Mourão e os golpistas.”

Leia também: Fora Bolsonaro, Mourão e os golpistas! Por um plano de luta contra a crise sanitária e econômica




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias