A grande mídia noticiou, mas estava mais preocupada com os tiros que quase atingira a UPP do Jacarezinho do que com as cenas absurdas de total desrespeito aos direitos humanos, onde um helicóptero da polícia civil sobrevoa e atira indiscriminadamente contra maradores da comunidade.
segunda-feira 15 de janeiro de 2018 | Edição do dia
Ontem foi o terceiro dia de operação policial no Jacarezzinho. Três dias seguidos de tiroteio e tensão depois da morte do delegado Fábio Monteiro na sexta, dia 12.
As cenas gravadas por moradores em seus celulares são desesperadoras. O helicóptero sobrevoa a comunidade atirando "a esmo" como descreve o morador que apela pela segurança dos moradores:
Águia dando tiro a esmo no jacaré, caixas d' água furadas, querem nem saber... que Deus proteja os moradores 🙏 pic.twitter.com/kvgpN4EIno
— LMotta 🌟 (@Mottinha07) 14 de janeiro de 2018
Segundo denuncias nas redes sociais a operação teve participação de um helicóptero e um blindado em terra. Um morador foi baleado.
Veja aqui compilação com mais vídeos no momento do ataque à comunidade.
A mídia divulgou as denúncias de policiais da UPP que mostraram o quão perto da base da PM os policiais civis atiraram, mas é preciso escandalizar este tipo de absurdo que vai muito além de um ataque entre destacamentos da polícia, e que é cotidiano na vida dos moradores das comunidades.
Enquanto a polícia promove uma guerra nas comunidades em nome do combate ao tráfico, quem é sitiado, atingido e morto é o morador. Questionados sobre as denúncias e os números de presos e feridos, Polícia Civil e Militar não deram nenhuma resposta oficial.
Terror para os moradores, impunidade para os criminosos, que também usam farda.