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ELEIÇÕES DCE USP | Urgente: reitor da USP quer impedir as eleições para o DCE

De forma absurda e totalmente autoritária, a reitoria da USP se recusa a liberar as listas de nomes dos alunos, necessárias para garantir a legitimidade do processo.

quinta-feira 26 de outubro de 2017 | Edição do dia

Sobre o ocorrido, conversamos com Bianca Coelho, diretora do Centro Acadêmico Professor Paulo Freire (CAPPF), que declarou: "Essa postura da reitoria é absurda e vem para tentar avançar sobre a autonomia do movimento estudantil. Não é atoa que, num momento em que a direita conservadora se sente mais fortalecida para censurar a arte, tratar LGBTs como doentes e avançar com projetos como o Escola sem Partido, a reitoria da USP agora queira avançar sobre nossas formas legítimas de auto-organização. É preciso que nos organizemos contra esse medida da reitoria, sem nenhuma ilusão nesse estrutura de poder antidemocrática e herdeira da ditadura militar. Mais do que nunca é o momento de defendermos um DCE plenamente independente da reitoria e dos governos, capaz de organizar os estudantes para se enfrentar com a reitoria, essa estrutura de poder autoritária, e o desmonte da educação e da universidade pública."

Reproduzimos abaixo o comunicado publicado na página do DCE Livre da USP:

Nos dias 7, 8 e 9 de Novembro de 2017, acontecerão as eleições para o DCE Livre da USP Alexandre Vannucchi Leme, a entidade máxima dos estudantes da USP. O Diretório é parte fundamental da organização dos estudantes e se consagrou através da sua história como referência de luta e representação dos estudantes e dos seus interesses.

No dia 20 de Outubro, o DCE-Livre, responsável pela organização das eleições, solicitou, frente à Pró-Reitoria de Graduação a impressão das listas de alunos de graduação matriculados em 2017. A impressão das listas demanda um trâmite simples (basta a autorização da Pró-reitoria) e é fundamental para a realização das eleições da USP. As listas emitidas pela universidade comprovam os estudantes regularmente matriculados e, portanto, aptos a votar no semestre. Dentro do padrão de lisura envolvido nas eleições estudantis, trata-se de critério tido como fundamental pelo DCE-Livre. Além disso, trata-se de procedimento padrão da universidade quando se apresenta demanda de qualquer entidade e, sobretudo, da entidade representativa dos estudantes.

No entanto, nesse ano a reitoria se nega a ceder as listas. No e-mail enviado pela Secretaria Geral, a pedido de Dr. Ignacio Maria Poveda Velasco, em resposta ao ofício feito à pró-reitoria de graduação, informam que o pedido foi indeferido, com a justificativa de que a solicitação possui caráter pessoal e de que “embora o DCE seja entidade legítima da representação estudantil.não integra a estrutura da Administração desta Universidade”. Após o golpe da reitoria na Representação Discente em 2016, essa vem sendo a desculpa para inviabilizar as eleições que dizem respeito aos estudantes e as suas entidades. A conquista da autonomia estudantil para debater os rumos do movimento de estudantes é uma conquista histórica, trazida pela democratização do Brasil e da qual o DCE-Livre jamais abrirá mão. É absurda a tentativa da reitoria de obstaculizar as eleições! Na ocasião que seja, consideramos ser obrigação da pró-reitoria atender às demandas oficiais de qualquer entidade legítima.

Não permitiremos que qualquer medida deste perfil prejudique as eleições que ocorrerão nos dia 7, 8 e 9 de Novembro de 2017, com a qual o DCE-Livre se compromete definitivamente. Denunciamos como ainda mais absurda a represália da reitoria sobre a entidade, que busca deslegitimá-la ao agir de forma desrespeitosa diante do pedido para realização de eleições democráticas.

Exigimos publicamente a resolução imediata deste impasse e nos comprometemos a seguir informando os estudantes sobre o andamento da questão. A impressão das listas é uma medida simples (ao mesmo tempo importante para o movimento estudantil) e que deve ser imediatamente encaminhada pela Pró-reitoria de Graduação, sob risco da administração da USP demonstrar, com sua atitude atual, animosidade inconcebível perante os estudantes da USP.




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