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METRÔ | Unificar os Metroviários de SP contra o acúmulo de funções e em defesa dos empregos

quinta-feira 27 de agosto de 2020 | Edição do dia

Já há alguns meses os seguranças trecho centro da linha 1 azul do Metrô de SP vem dando um grande exemplo de luta. Em uma ofensiva da empresa para precarizar os postos de trabalho e fazer a privatização avançar, colocando os seguranças para exercerem as funções dos agentes de estação (OTM1), os colegas se recusaram a assumir tais postos. Mesmo a empresa usando de todo tipo de chantagem com punições, os seguranças se organizaram em reuniões de base setorias e mantiveram uma posição coletiva de não assumir as funções do OTM1. Após reunião com a gerência nessa quinta feira (27), os trabalhadores garantiram que nenhuma punição será efetuada pela empresa, mostrando a força da mobilização. Nós da chapa 4 Nossa Classe, minoria da diretoria do sindicato, repudiamos estas ameaças e saudamos a mobilização que já colocou a empresa na defensiva retirando todas as punições aplicadas.

Esse ataque que impõe mais atribuições aos cargos dentro da empresa afeta todos os funcionários. No caso da segurança, além de acumular responsabilidades e prejudicar a eficiência do trabalho, é um sério risco ao emprego dos OTM1, consequentemente a todo plano de carreira dos funcionários da OPE, pois se não há mais contratação de OTM1, as funções de OTM2 e OTM3 também correm risco. Na manutenção a empresa já começou a dar treinamento para os empregados manobrarem trens no pátio, função exclusiva dos operadores de trem, além de ameaçar retirar a periculosidade de diversas áreas e terceirizar funções hoje exclusivas dos empregados do Metrô, como a manutenção linhas que já está sendo terceirizada.

Nacionalmente os ataques aos trabalhadores estão a todo vapor, porém a resistência surge em diversos lugares, como a greve nacional dos Correios, a mobilização dos trabalhadores dos companhias aéreas, os funcionários da Renault, entre outras resistências de trabalhadores do transporte, como a própria greve do Metrô de SP esse ano, que colocou um freio na tentativa da empresa em acabar com o acordo coletivo. Enquanto os Correios estão em greve, petroleiros e bancários enfrentam duros ataques, e são também categorias com peso nacional, as centrais sindicais, em primeiro lugar CUT e CTB, que dirigem muitos sindicatos em todas essas categorias, devem unificar essas lutas em defesa dos direitos e dos empregos, para impedir o avanço da privatização que precariza os serviços públicos e colocar um fim nos ataques das patronais, do governo Bolsonaro e de governos Estaduais como Doria.

É necessário unificar toda a categoria metroviária nesta batalha. Como a campanha salarial deste ano já mostrou, a empresa e o governo não estão dispostos a negociar, mas sim estão impondo seu projeto de privatização se aproveitando da pandemia. Só a luta pode reverter essa ofensiva, e os seguranças da Linha 1 azul estão mostrando o caminho da mobilização, sua luta tem que se transformar na luta de toda a categoria. É necessário organizar setoriais unificadas entre a segurança e a operação, para unificar as áreas e fazer avançar a mobilização, primeiramente contra o acúmulo de funções e em defesa de mais contratação para OPE e OPS, garantindo a qualidade do atendimento a população que utiliza o Metrô estatal. Sem mostrar organização e que vamos lutar pelos nossos direitos, a empresa continuará sua jornada nos ameaçando e dividindo, para concretizar o projeto privatista de Doria e da cúpula do Metrô.




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