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IMPEACHMENT | Eliseu Padilha (PMDB), aliado de Temer, diz que vai deixar o governo

sábado 5 de dezembro de 2015 | 01:08

Um dos principais aliados do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse na manhã desta sexta-feira, 4, a correligionários que vai deixar o governo.

Segundo relatos, o ministro tentou se reunir com a presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 3, mas não teve êxito. A conversa deve ocorrer na próxima segunda-feira, dia 7. Nesta sexta, Padilha cumpre agenda no Rio Grande do Sul, seu Estado de origem.

Um posicionamento oficial, por parte dele, deve ocorrer apenas após a conversa com Dilma. A decisão do ministro ocorre em meio ao início da discussão do processo de impeachment da presidente no Congresso Nacional , veja mais aqui.

Cautela

Segundo na linha sucessória da Presidência da República, Temer evitou nesta quinta-feira participar das principais discussões com integrantes da cúpula do governo e de se posicionar publicamente sobre a instauração do processo de impedimento à presidente.

A mesma conduta de Temer tem sido adotada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e lideranças do partido na Casa. A avaliação inicial das lideranças do PMDB no Senado é de que o momento é de "cautela", uma vez que a questão ainda precisa ter seus desdobramentos na Câmara - onde o processo deverá ser discutido inicialmente.

PMDB

A notícia desta sexta, da saída do governo de Eliseu Padilha (PMDB), aliado do vice Temer, alimentou no dia de hoje especulações na mídia burguesa a respeito de uma possível “debandada” do PMDB do governo Dilma, sinalizando uma possível posição pró-impeachment do partido. Porém, o que se tem em realidade são sinais contraditórios do PMDB, e que o que se evidencia é que aparentemente, a posição a favor do impeachment no Congresso não é maioria, veja mais aqui.

Pauta do momento

O PMDB possui 7 ministérios no governo, incluindo o de Padilha, ainda tem-se o ministério do Turismo com Henrique Eduardo Alves (próximo à Temer). Por outro lado o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse nesta sexta-feira, 4, que vai se reunir com governadores da base aliada da presidente Dilma Rousseff para que se marque posição contra o processo de impeachment aberto há dois dias no Congresso.

Na quinta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a Pezão que ele liderasse uma frente contra o impeachment. Segundo Pezão, o impeachement de Dilma não seria a pauta do momento. Ao mesmo tempo que Pezão corre para reunir a base de apoio do governo, o governador, em entrevista para empresários na Associação Comercial do Rio, defendeu o "Estado mínimo" no Rio para tentar sair do vermelho. Ou seja, Pezão deixou claro qual é a verdadeira “pauta do momento”, cortes, ajustes, “estado mínimo” - ou melhor, mais privatizações e concessões ao capital privado.

Por isso, é preciso construir uma saída independente e dos trabalhadores para a crise política, nem por meio de impeachment e nem a partir da defesa do governo Dilma “contra o golpismo”. Para isso, é necessário lutar por uma assembleia constituinte livre e soberana, construída pela mobilização operária e popular, a partir das bases, nos locais de trabalho, estudo e nos bairros, dessa forma, será possível determinar os rumos políticos do país para que a crise não seja paga pelos trabalhadores e o povo pobre como querem os políticos da burguesia que governam para os ricos, sejam eles do PMDB, PT ou PSDB.

Imagem: Pedro França/Agência Senado.

Esquerda Diário/ Agência Estado.




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