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RIO DE JANEIRO | Uh! É união! Xarpi e grafitão!, ato contra a tortura sofrida por grafiteiros no Rio

Juan ChiriocaRIO DE JANEIRO

Artur LinsEstudante de História/UFRJ

domingo 31 de janeiro de 2016 | 22:08

Nesse domingo (31), houve uma manifestação de grafiteiros e pichadores no Centro do Rio de Janeiro, em repúdio à tortura sofrida por três grafiteiros na semana passada, na conhecida região do Saara, tradicional centro de comércio da cidade. Os rapazes foram torturados por seguranças de rua contratados para vigiar as lojas da região. As cenas da tortura podem ser vistas aqui, o vídeo contém imagens fortes.

O ato começou na Avenida Passos com dezenas de pessoas e depois os manifestantes começaram a circular pelas ruas do centro comercial gritando palavras de ordem como: “Uh! É união! Xarpi e grafitão!”, “Nenhum muro vale uma vida!” e “Vândalo é o governador!”.

Depois de andarem pelas ruas do Saara, os manifestantes, espontaneamente, voltaram para a Avenida Passos e fecharam a mesma avenida, dando continuidade ao protesto. Nesse momento, policiais militares apareceram para tentar controlar e intimidar os manifestantes, formando um bloco e acompanhando o ato.

Quando os manifestantes resolveram prosseguir com o ato até Santa Tereza, não demorou para que as primeiras tensões com a polícia surgissem. No meio da Rua da Alfândega, policiais resolveram prender alguns rapazes que estavam grafitando sobre forma de protesto. Uma parte dos manifestantes foram ajudar os rapazes que estavam sendo colocados na viatura da polícia, mas no final acabaram sendo levados presos.

O ato prosseguia até a Praça da República, quando outro manifestante foi reprimido, mas dessa vez por seguranças de um edifício em obras. Um dos seguranças estava armado e renderam o manifestante. Outro momento de tensão, pois alguns manifestantes chegaram para ajudar o rapaz rendido pelos seguranças, intensificando o conflito e inclusive terminando com tiros sendo alvejados aos manifestantes por um dos seguranças que estava armado.

Depois desse conflito, grande parte dos manifestantes se dispersou. A polícia militar chegou um pouco tempo depois com muitas viaturas, jogaram gás de pimenta para dispersar os poucos que continuavam no ato e prenderam mais manifestantes.

Confira também entrevista com 2 dos graffiteiros presentes no ato




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