Em assembleia na quarta, os trabalhadores decidiram pela continuidade da greve e denunciaram a repressão e o assédio que a multinacional realiza: prisões de dirigentes sindicais, trabalhadores sendo escondidos nos porta-malas. Tudo isso vindo de uma empresa que só em 2017 já deu R$ 200 milhões para seus acionistas só no Brasil.
quarta-feira 11 de outubro de 2017 | Edição do dia
Os trabalhadores da Unilever decidiram pela continuidade da greve hoje, dia 11. A greve se iniciou contra as demissões de 130 trabalhadores, a empresa já possui contrato fechado com uma terceirizada que substituiria os trabalhadores com salário 50 a 70% menores. A área mais afetada será a logística, com todos os trabalhadores, alguns com 29 anos de fábrica, sendo demitidos.
O Esquerda Diário vem acompanhando a greve e denunciando como uma das maiores empresas do mundo só quer aumentar seus lucros nas costas dos trabalhadores. Em audiência de conciliação realizada na terça (10) a empresa já deixou claro que 130 são só começo. Os trabalhadores denunciaram bastante a chefia, que realizou assédios do pior tipo e praticamente sequestrou os trabalhadores para os colocarem dentro da fábrica, tudo isso feito com o apoio da Polícia Militar que reprimiu o piquete e levou 5 presos no último sábado.
Com o setor de logística praticamente todo parado a situação da patronal não é nada boa, com todas as linhas com dificuldade de produzir. Os trabalhadores votaram continuar e chamaram para o ato que irá ocorrer na próxima terça (17) às 15 horas em frente ao Tribunal Regional do Trabalho em Campinas, onde haverá nova audiência de conciliação.