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UNIÃO EUROPEIA-CELAC | UE e Brasil avançam nas negociações com Mercosul

As negociações sobre um acordo de associação entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, atualmente estagnadas, podem registrar avanços em breve, afirmaram nesta terça-feira a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira.

quarta-feira 10 de junho de 2015 | 01:02

Em comunicado, Mogherini explicou que se reuniu com Vieira em sua primeira visita à UE, encontro que precede a reunião prevista para amanhã entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Dilma está em Bruxelas para representar o Brasil na cúpula entre a UE e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que será realizada entre quarta e quinta-feira.

"Discutimos o grande potencial do acordo UE-Mercosul para ambas as regiões e confirmei o compromisso da UE com essa negociação. Expressamos a esperança de que possamos fazer em breve progressos", indicou a alta representante do bloco comunitário europeu.

A comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, deve se reunir na quinta-feira com ministros do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai para tentar dar um impulso à negociação.

Cecilia, que se encontrou na segunda-feira com o chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin, reafirmou o compromisso da UE com a negociação e destacou "a importância de preparar bem os próximos passos", disseram hoje à Agência Efe fontes comunitárias.

A flexibilização do Mercosul é uma velha reivindicação do Uruguai e do Paraguai, que tradicionalmente encontrava a rejeição da Argentina e do Brasil, os outros dois membros do bloco. A Venezuela, incluída em 2011, ainda não participa de negociações comerciais.

Em maio, tanto Dilma como o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, destacaram como "objetivo prioritário" a negociação de um acordo de livre-comércio entre ambos os blocos.

Por outro lado, Mogherini afirmou em seu comunicado que as relações entre a UE e o Brasil "percorreram um longo caminho" desde o estabelecimento da associação estratégica em 2007.

"Brasil é um parceiro de confiança e com uma mentalidade parecida com a qual a UE compartilha valores fundamentais e muitos interesses comuns. Reafirmamos a importância da associação estratégia em termos políticos, econômicos, sociais e culturais", indicou.

"Acertamos intensificar as relações entre a UE e o Brasil, fortalecer o diálogo político, aprofundar a cooperação e encorajar que todas as partes utilizem plenamente as oportunidades que nossa amplia e diversa associação oferece", completou Mogherini.

A chefe da diplomacia da UE destacou que no encontro foram abordados desafios da agenda global como a agência internacional para o desenvolvimento, as negociações de um acordo para conter a mudança climática, assim como assuntos relacionados com a política externa.

As rusgas entre Brasil e Argentina acerca do nível de abertura ao comércio com a Europa é o principal sinal da fragmentação política entre os governos pósneoliberais na América Latina, que da pouca afinidade que têm em comum está a disposição de entregar os recursos naturais e a mão de obra dos trabalhadores aos capitalistas norteamericanos (como faz Dilma), europeus ou chineses.




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