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EXÉRCITO NAS RUAS | Tropas do exército e marinha atuarão como polícia, liberando a PM para reprimir servidores

Baseada na GLO, a operação visa liberar a PM para reprimir servidores nas manifestações contra a privatização da CEDAE.

quarta-feira 15 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

IMAGEM: militarização em Acari/Fazenda Botafogo
Os 9 mil homens enviados por Temer à pedido de Pezão já se posicionam para substituir a polícia na repressão às favelas e no policiamento das orlas do Rio. Os homens do exército atuarão na Transolímpica (Zona Oeste), na Avenida Brasil, em Deodoro, Niterói e São Gonçalo. Já os fuzileiros navais da Marinha atuarão nas orlas, cobrindo a área do Leblon à Marinha da Glória.

Atualização: Marinha faz primeira vítima em suposto tiroteio na AV. Brasil

Em base à na constitucional e altamente questionável Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a operação visa liberar as policias militares de sua função de repressão cotidiana, para que a PM possa garantir a repressão aos servidores nas manifestações contra a privatização da CEDAE que irá à votação na ALERJ nesta segunda feira (20). Temer, Pezão e Picciani querem garantir o maior contingente possível de policiais para empurrar goela abaixo a privatização da empresa sob as bombas e balas de borracha da polícia.

A GLO já foi usada 67 vezes para garantir “a Lei e a Ordem” nos últimos 10 anos, tendo estado em rua durante 1.300 dias no mesmo período, convocado por governos locais para enfrentar protestos como o Congresso da FIFA em 2014, os Leilões do Petróleo do campo de Libra em 2013, para impedir a liberdade de manifestação como o é agora com os servidores, estando o Rio entre os estados que mais convocaram o exército às ruas. A mesma GLO que também garantiu a presença do exército na invasão de favelas para implantar a UPP entre 2010 e 2012 na “Operação Arcanjo”. O exército já foi usado 67 vezes na GLO na última década em 17 estados, tendo nos últimos dias participado do policiamento em ES e na crise carcerária.

O exército e a marinha terão poder de polícia, podendo revistar e patrulhar o transporte público. Inicialmente a operação dura até dia 22, mas o pedido oficial de Pezão solicitava que permanecesse durante o carnaval. O número de militares à disposição do governo do Rio corresponde a 20% do efetivo de PMs do Estado, de 45,9 mil homens.

A GLO portanto é uma medida reacionária, que não visa garantir a segurança da população de forma nenhuma, mas de um ataque contra essa tanto quando foi com a ocupação militar das favelas, quando da garantia da repressão aos servidores que protestam contra a privatização da CEDAE e todo o pacote de ataques de Pezão e Temer. O governo quer transferir a crise para os trabalhadores e o povo pobre, e por isso militariza toda a cidade para garantir que seu pacote passe à base de bombas e balas de borracha. A militarização do Rio de Janeiro, bem como a repressão aos trabalhadores e jovens que se mobilizam contra o pacote de Pezão e Temer, devem ser denunciadas e repudiadas. Fora as tropas do Rio, não à militarização da cidade!

Leia mais: Rio de Janeiro mostra o caminho pra derrotar os ataques de Temer




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