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DESVIOS NOS TRANSPORTES | Tribunal de Contas de São Paulo condena empresas de ônibus a devolverem R$ 850 milhões

O Tribunal de Contas do Município de São Paulo condenou na tarde de ontem (19) empresas de ônibus da capital paulista a devolverem aos cofres públicos do município cerca R$ 875 milhões. Segundo o TCM, a devolução se deve a irregularidades na prestação de serviços e por valores recebidos indevidamente.

quinta-feira 20 de julho de 2017 | Edição do dia

A penalidade atinge as viações do consórcio Sete, que atua na zona sul. A votação foi unânime. A penalidade atinge as viações do consórcio Sete, que atua na zona sul.

Os conselheiros Edson Simões, João Antonio, Maurício Faria e Domingos Dissei consideraram que as empresas receberam valores acima do que deveriam ou descumpriram obrigações no contrato firmado com a prefeitura.

De acordo com o TCM, entre 2003 e 2008, as empresas já tinham embolsado mais do que a prefeitura havia planejado gastar até 2013 com o contrato. A estimativa da prefeitura era de um gasto de R$ 1,5 bilhão ( R$ 3,3 bilhões em valores atualizados) com essas empresas durante dez anos. Na metade do tempo, elas já haviam gasto R$ 2,4 bilhões ( R$ 4 bilhões em valores atualizados).

Este caso, assim como a revelação dosesquemas de corrupção no setor de transporte no Rio de Janeiro, só comprovam a existência de diversas máfias no setor de transporte por todas as cidades do país. Fruto da conivência dos governos, que recebem propina e permitem que os empresários lucrem milhões enquanto a população que utiliza o transporte público sofre com as condições precárias dos ônibus lotados. Nossas vidas valem mais que o lucro deles.

As políticas de corte de gasto no setor, como a justificativa de João Dória para realizar alterações no passe livre, ou a constante necessidade de reajustarem o preço da passagem ano após ano, só tem como intuito manter as altas taxas de lucro das máfias desse setor.

Por isso defendemos um transporte gratuito e de qualidade para toda a população, através da estatização dos meios de transporte e passando o controle do serviço para as mãos dos trabalhadores e usuários, que são as pessoas que sabem realmente como deve funcionar o transporte.




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