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Na zona oeste de São Paulo veio à tona mais um crime brutal contra a população LGBT. Sem vestígios dos responsáveis pela morte, a SSP-SP divulgou pouquíssimas informações sobre o caso, e nem sequer o nome da vítima foi publicado.

sexta-feira 14 de outubro de 2016 | Edição do dia

Na manhã de quinta (13), no bairro Santa Cecília, em São Paulo, os policiais civis do 77º distrito relatam ter encontrado o corpo, que não foi identificado, dentro da viatura, no compartimento reservado para presos. Os delegados Marco Antonio Pereira, da seccional de polícia e Felipe Martins da Silva, da Corregedoria, que visualizaram as imagens das câmeras de segurança da delegacia, alegam que não foram verificadas irregularidades cometidas por policiais.

Essas imagens, assim como a identidade da vítima e outras informações importantes, não foram publicadas. O caso fica somente como mais um número nas escandalosas estatísticas de assassinatos da população LGBT no Brasil. Um crime que culmina com o corpo abandonado no compartimento de presos de uma viatura, encontrado "por acaso" pelos policiais na manhã de quinta-feira, sem nenhuma sinalização de que serão apuradas as causas da morte e investigados os responsáveis.

A polícia divulgou mais informações sobre os danos encontrados na viatura (lataria, vidros, etc) do que como foi encontrada a pessoa que estava morta dentro dela! A Secretaria de Segurança Pública, sob gestão de Alckimin e Mágino Alves Barbosa Filho, quando não divulgam informações completas, naturalizam ainda mais a invisibilidade da população LGBT, alegando de antemão que não foram verificadas irregularidades cometidas por parte da polícia.

Quantas trans e travestis já foram mortas pelas mãos dessa polícia LGBTfóbica, violenta e assassina? Os números são incertos pois muitos casos não são investigados, são abafados e arquivados pela própria polícia. Além dos crimes de ódio cometidos por fora das corporações, a população LGBT é também alvo constante da violência estatal.

A violência estatal golpeia as trans e travestis de diversas formas. Por um lado, o descaso e o abandono na saúde pública e as tentativas, por parte do governo golpista e seus aliados, de retirar direitos básicos, como o nome social. Por outro, a violência policial, com a conivência dos políticos privilegiados e conservadores. Chega de mortes e crimes de ódio contra a população LGBT! Pelo direito à identidade, ao próprio corpo e à própria vida!




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