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TRANSFOBIA EM RECIFE | Travesti é assassinada a tiros em Recife! Crismilly Pérola Presente!

Crismilly Pérola, uma cabeleireira de 37 anos, mais conhecida como “Piu piu” na região onde morava, foi encontrada morta na beira do rio Capiberibe em Recife, com um tiro no pescoço. Crismilly Pérola é mais uma vítima da transfobia que violenta, queima e assassina pessoas trans e travestis no país onde Bolsonaro e os governadores dão aval e fortalecem a lgbtfobia. Por ela e por todas, seguiremos lutando por justiça.

segunda-feira 5 de julho de 2021 | Edição do dia

Foto: Reprodução/WhatsApp

Crismilly Pérola, cabeleireira na Zona Oeste do Recife, foi mais uma travesti vítima da violência transfóbica, ela foi encontrada morta com um tiro no pescoço na beira do rio Capiberibe. A família suspeita que Pérola foi vítima de lgbtfobia, já que eram recorrentes os insultos e a violência sofrida por ela, que recentemente foi internada e teve que fazer uma cirurgia na mão porque foi vítima de violência física lgbtfóbica.

Ela era muito querida e conhecida no bairro onde morava e trabalhava como cabeleireira. Mesmo assim, foi vítima dessa brutal violência em que ainda não há culpados. O assassinato de Crismilly Pérola se junta ao assassinato recente de Kalyndra Selva, mulher trans que foi encontrada morta em casa, e ao caso de Roberta, travesti que teve 40% do seu corpo queimado no centro de Recife.

Veja mais em: INACEITÁVEL: Mulher trans é incendiada no Recife. Tomar as ruas por justiça por Roberta e todas as vítimas da transfobia!

Essa é a realidade das pessoas trans e travestis no país campeão de assassinatos transfóbicos e onde a expectativa de vida cai para 35 anos para a população trans. Uma realidade que é ainda mais aprofundada por Bolsonaro, Mourão, Damares e os governadores que fortalecem com todo seu reacionarismo e a lgbtfobia, violências como essas.

Além disso, é importante salientar que João Campos, prefeito de Recife do PSB, “lamenta” as vítimas de lgbtfobia no twitter, nas na realidade atua precarizando a vida das pessoas trans e travestis, e do conjunto da classe trabalhadora, como é a sua aprovação da reforma da previdência municipal, que quer tirar ainda mais do trabalhador, em meio a pandemia. É essa realidade de precarização e miséria que relegam também a população trans, que ou estão em postos precários de trabalho, ou são obrigados a entrarem na prostituição, aprofundando ainda mais a precarização da vida e as violências que sofrem.

A luta contra a transfobia deve ser uma luta de todos os sindicatos e movimentos sociais, unificando a classe trabalhadora e o movimento LGBTQI+ para exigir do Estado um plano de emergência contra a violência lgbtfóbica, onde seja possível oferecer melhores condições de emprego, renda, casas abrigos e toda assistência psicológica também as pessoas vítimas de transfobia. Também é parte da luta LGBTQI+ o combate a Bolsonaro, Mourão e todo regime golpista, já que são eles os responsáveis por cada corpo trans que cai vítima de lgbtfobia! Por Crismilly Pérola e por todas as vítimas de violência lgbtfóbica seguiremos lutando por justiça!




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