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DIA NACIONAL CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Trabalhadores mostram disposição de luta contra reforma de Bolsonaro, apesar do boicote das centrais sindicais

Mesmo diante da falta de organização por parte das centrais sindicais, que não organizaram na base das categorias de trabalhadores a mobilização nacional contra a reforma da previdência no dia de hoje, desde cedo foram várias as manifestações de resistência dos trabalhadores, mostrando a disposição de luta e o repúdio de amplos setores à este ajuste neoliberal de Bolsonaro e Paulo Guedes.

sexta-feira 22 de março de 2019 | Edição do dia

Na cidade de São Paulo, motorista e cobradores de ônibus organizaram uma paralisação contra a retirada de direitos que provocou o atraso na saída dos ônibus. A paralisação atingiu 561 linhas e os 29 terminais municipais. Também na categoria de transportes, os trabalhadores do Metrô estão vestindo coletes contra a Previdência e o avanço da privatização.

Os trabalhadores da USP, junto a juventude da universidade, estão desde as 7h da manhã em ato, organizado pelo Sintusp, em frente ao Portão 1 panfletando e se manifestando para dialogar com a população sobre os ataques que Bolsonaro, os políticos e o judiciário querem impor aos trabalhadores e aos pobres.

Em Campinas mais de mil professores aderiram à paralisação, em uma massiva manifestação de rechaço da categoria, que unificou no Largo do Rosário professores tanto da rede estadual quanto municipal.

Em Limeira a mobilização foi protagonizada pelos servidores municipais e o sindicato do mesmo (SINDSEL), que reuniu centenas de trabalhadores na frente da Prefeitura.

Em Fortaleza (CE), temos mostra de outra massiva mobilização, 15 mil trabalhadores tomaram às ruas. O grupo saiu da Praça da Imprensa e segue rumo à Praça Portugal pela avenida Desembargador Moreira.

Campina Grande (PB) também contou com centenas de trabalhadores aderindo a manifestação.

Todos esses exemplos de luta demonstram a enorme disposição da base de trabalhadores das mais diversas categorias de se enfrentar contra a reforma da previdência e todos os ataques do governo Bolsonaro. Esse enorme potencial contrasta com a letargia burocrática das direções sindicais (como a CUT e a CTB, dirigidas respectivamente pelo PT e o PCdoB) em construir uma enorme mobilização junto a um plano de lutas que barre o avanço da reforma da previdência. Ao invés de se lançarem nessa construção, as centrais sindicais preferem seguir apostando na oposição parlamentar e nas negociações no Congresso.

Na construção desse dia de mobilização nacional, nós do Esquerda Diário e do MRT levantamos centralmente a exigência a CUT e CTB para que sejam convocadas assembleias de base, onde os trabalhadores possam decidir os rumos da sua luta, e assim construir um dia efetivo de paralisação nacional contra a reforma da previdência.




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