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DEMISSÕES NO ABC | Trabalhadores demitidos acampam na porta da GM e exigem reintegração

No último domingo (12 de julho) os trabalhadores da GM de São Caetano estão em frente ao portão 1 da fábrica acampados contra as demissões de 550 trabalhadores que estavam em Lay-off e exigem a imediata reintegração de todos.

quinta-feira 16 de julho de 2015 | 20:27

No último domingo os trabalhadores da GM que foram demitidos organizaram um acampamento em frente a porta da fábrica com o intuito de reverter as demissões. São 550 famílias sem emprego, dentre os demitidos haviam grávidas e trabalhadores com estabilidade por acidente de trabalho.

Além de demissões ilegais a empresa ainda prorrogou o Lay-off de 517 trabalhadores, os próprios operários da GM alegam que pela situação que se encontra a fábrica serão os próximos demitidos, “mesmo com o PPE (Programa de Proteção ao Emprego) e a com a redução de IPI a fábrica segue demitindo”.

O PPE é um plano que consiste basicamente em reduzir a jornada de trabalho com a redução dos salários, mas quem sai perdendo são os trabalhadores que tem seus salários reduzidos e o patrão mantem seus lucros pois com a fábrica funcionando menos tempo, reduz os custos com a produção (luz, comida, matéria-prima).

Na GM os trabalhadores já estavam com seus salários reduzidos a partir de um acordo da patronal com o sindicato, o sindicato da empresa é a Força Sindical que em acordo com a GM não está na luta contra as demissões e nem em apoio aos trabalhadores acampados. Esse mesmo sindicato patronal que comemorou a PL 4330 não esconde de não está ao lado dos trabalhadores. Enquanto seguem sem mexer um dedo para defender os direitos e o emprego dos trabalhadores, a CUT, CTB e outros sindicatos governistas não oferecem uma verdadeira resposta por seguirem defendendo a governabilidade de Dilma, disseminando mais ilusões no governo que garantiu lucros exorbitantes as grandes montadoras durante os últimos 12 anos de governo petista e vem atacando os trabalhadores com medidas provisórias como a 664, 665 e agora o PPE. Para realmente defender os operários da região que enfrentam isolados suas respectivas patronais, é preciso organizar um sério plano de luta que possa fortalecer a força dos operários e derrotar as patronais da Mercedes, Volks, GM e tantas outras como Karmanguia que buscando vias de descarregar a crise sob os trabalhadores.

Amanhã dia 17 de julho os trabalhadores da comissão dos demitidos estão convocando um ato para ás 13 horas, em frente ao portão 1 onde estão acampados, para lutar contra as demissões e garantir a reintegração e dar visibilidade a pauta.

Vídeo de trabalhador da GM sobre a luta contra as demissões:

Veja carta da Comissão de Trabalhadores contra as demissões:




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