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DEMISSÕES NA GM | Trabalhadores da GM - São Caetano realizam segundo ato contra as demissões

Nesta sexta (24), trabalhadores da General Motors que foram demitidos sem justa causa, tomaram novamente a Avenida Goiás em São Caetano do Sul, em defesa do emprego e pela readmissão dos 550 trabalhadores.

Jenifer TristanEstudante da UFABC

sábado 25 de julho de 2015 | 00:00

Na tarde desta sexta-feira trabalhadores acampados na porta da General Motors realizaram uma segunda manifestação de rua até a prefeitura da cidade de São Caetano, para exigir dos vereadores e do Prefeito da cidade Paulo Pinho (PMDB) um posicionamento em relação as demissões e ajuda aos trabalhadores acampados.

Dos 550 demitidos, 419 trabalhadores estavam de Lay-Off (contrato de trabalho suspenso temporariamente) e somado aos trabalhadores com problemas de saúde devido ao trabalho repetitivo e os acidentes de trabalho foram demitidos um total de 550 trabalhadores, mesmo com a aprovação do PPE (Plano de Proteção ao Emprego). Os trabalhadores seguem acampados na porta da fábrica para exigir a readmissão.

Os trabalhadores da GM e da Embraer de São José dos Campos que são parte da central sindical e popular CONLUTAS foram com um bloco de trabalhadores expressar solidariedade nas lutas contra as patronais. Os trabalhadores do sindicato dos metalúrgicos de São José tiraram em sua reunião uma carta de apoio aos trabalhadores de São Caetano.

Leia Abaixo a Nota dos operários da GM de São José dos Campos:

Todo apoio à luta dos metalúrgicos demitidos da GM de São Caetano

Em meio a uma série de ataques pelos quais vem passando a classe trabalhadora no Brasil, com demissão e retirada de direitos, os metalúrgicos da General Motors de São Caetano (SP) dão exemplo de luta e resistência.

Desde o dia 12 de julho, um grupo de mais de 150 metalúrgicos demitidos ergueu acampamento em frente à sede da montadora norte-americana no Brasil para exigir a readmissão de todos os 419 trabalhadores demitidos pela empresa no início do mês.

Os manifestantes também denunciam que muitas das demissões são irregulares, já que envolvem trabalhadores portadores de doença ocupacional que têm estabilidade garantida.

Os demitidos integravam um grupo de 819 trabalhadores que estava em lay-off desde novembro do ano passado. Somente este ano, a GM de São Caetano já demitiu 500 trabalhadores.

Esta mobilização acontece, inclusive, à revelia do sindicato local, ligado à Força Sindical, que abandou os trabalhadores à própria sorte.

Com o acampamento montado em frente à sede da empresa e atos pela cidade, os metalúrgicos buscam abrir negociações com a empresa a respeito das demissões, além de chamar a atenção da população para as milhares de demissões que vem acontecendo no setor.

Nos últimos anos, o governo federal abriu mão de bilhões de reais em impostos para as montadoras, que por sua vez, reverteram bilhões em lucro ao exterior e agora, realizam demissões em massa.
Todo apoio à luta dos metalúrgicos da GM de São Caetano. Reintegração, já!”

Maíra Machado, conselheira regional da APEOESP de Santo André declarou apoio a luta dos trabalhadores da GM e colocou que “a presença da CONLUTAS é muito importante para expressar aos trabalhadores que existe uma central anti governista e que os trabalhadores são parte de uma só classe. Esse apoio deve se transformar em um forte chamado para construção de um pólo de esquerda e anti governista, que agregue os sindicatos e oposições que estão em luta contra os ataques dos governos e de seus braços sindicais que atuam no movimento para apresentar a saída do “mal menor” como é o caso da CUT e sua proposta de PPE. E também combater os sindicatos da Força Sindical, que ao contrário de estarem ao lado dos trabalhadores defendem a política de aumentar a precarização do trabalho através da terceirização através da PL4330. Com uma organização forte dos setores de esquerda podemos nos dirigir aos milhões de trabalhadores que estão na base dessas centrais sindicais e mostrar que é possível atacar o lucro patronal e colocar governos e patrões contra a parede, nos colocando como uma alternativa real frente as lutas que estão em curso e as próximas que se desenvolverão.

O sindicato dos metalúrgicos de São Caetano organizado pela Força Sindical nem apareceu na manifestação, estão contra os trabalhadores e do lado da GM que demite trabalhadores com problemas de saúde gravíssimo como o Franklin um dos demitidos .

Desde o início do ano no ABC o índice de desemprego aumenta chegando a 14% de desemprego, os trabalhadores precisam organizar suas lutas em defesa do emprego de forma unificada para fortalecer as lutas. A CONLUTAS como fez hoje deve ser uma alternativa de organização independente e anti governista, para derrotar os patrões e garantir os empregos e os direitos dos trabalhadores.

Os Sindicatos da região CUT, CTB e outros sindicatos governistas tem que romper seus acordos para travar um verdadeiro plano de unidade dos trabalhadores em lutas e demitidos, para derrotar o ataque dos governos e patrões que não abrem mão de seus lucros para garantir os interesses dos trabalhadores, que não estão preocupados em colocar centenas de famílias nas ruas.

Só a unidade dos demitidos e a aliança da juventude da região com os trabalhadores é capaz de colocar de pé uma alternativa frente a crise que se aprofunda.




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