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DEMISSÕES NA FORD | Trabalhadores da Ford de Camaçari/BA sofrem assédio moral da empresa

terça-feira 16 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Rafael Martins / AFP

Após a Ford anunciar o fechamento das suas fábricas no país e a demissão de milhares de funcionários, a empresa começou a assediar os trabalhadores da fábrica de Camaçari/BA para retornarem à produção das autopeças de reposição. Desde janeiro a Ford convoca os trabalhadores para a produção dessas peças, no entanto, os trabalhadores se negaram a retornar.

Segundo informações do sindicato, a empresa vem convocando todos os trabalhadores, até os que estão lesionados, afastados e demitidos, avisando que haverá consequências caso não retornem.

A Ford impôs a demissão a todos esses funcionários de forma unilateral e sem sequer haver negociação. Contando os trabalhadores diretos, os terceirizados e a soma de toda a cadeia indiretamente ligada à Ford, mais de 100 mil famílias poderão ser impactadas pela ação da empresa.

Além de todo assédio sofrido pelos trabalhadores, como anunciamos ontem o desembargador Edilton Meireles Oliveira dos Santos, numa clara manobra para liberar a Ford de qualquer compromisso com os trabalhadores, retirou das decisões anteriores a necessidade de “logro” nas negociações com o sindicato dos metalúrgicos de Camaçari, fortalecendo a intransigência da empresa, retirando a necessidade de consenso nas negociações.

Leia mais: Justiça concede o direito da Ford demitir com ou sem consenso nas negociações com o sindicato em Camaçari

Os trabalhadores de Camaçari e Taubaté/SP, realizaram assembleias e diversas manifestações mostrando disposição de luta para reverter as demissões e enfrentar a intransigência da Ford e a indiferença do governo Bolsonaro. Porém, passou longe da estratégia das centrais sindicais organizar um verdadeiro plano de lutas para organizar a força dos trabalhadores em defesa de seus empregos e direitos.




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