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Retorno as aulas em SP | Trabalhadoras da limpeza das escolas estaduais realizam paralisação exigindo o pagamento de seus salários

Desde o dia 13 de outubro, funcionárias terceirizadas das empresas Destake Serviços, Shalom, Top Service e Clarifto, que atuam na limpeza de escolas estaduais das região do grande ABC, estão paralisadas por conta dos atrasos nos pagamentos de seus salários e de outros benefícios como vale-refeição e vale transporte.

segunda-feira 18 de outubro de 2021 | Edição do dia

A empresa Shalom, responsável por oferecer os serviços de limpezas para as escolas da rede pública na Zona Norte de São Paulo e em Mauá, não está pagando o salário e nem os demais benefícios para as trabalhadoras terceirizadas. Em Mauá, desde a última quarta-feira, as trabalhadoras estão paralisadas, e realizaram protestos exigindo o pagamento imediato de seus salários. Posteriormente, as trabalhadoras das demais regiões da mesma empresa, também paralisaram.

A paralisação destas trabalhadoras impacta diretamente no funcionamento das escolas. São trabalhadoras essenciais para a manutenção das escolas, principalmente neste período de pandemia de Covid-19. Na última semana, as escolas da região de Mauá foram fechadas devido aos protestos.

Outras paralisações ocorreram também em São Bernardo do Campo, desta vez, protagonizadas pelas trabalhadoras da Destake Serviços, também devido ao não pagamento de salários e benefícios. Cerca de 100 trabalhadores paralisaram e realizaram protestos exibindo faixas exigindo o pagamento de seus salários.

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Segundo as trabalhadoras, as quatro empresas, Destake, Shalom, Top Service e Clarifto, pertencem ao mesmo dono e, além de não pagar os salários das trabalhadoras, também não oferece os materiais necessários para a limpeza das escolas. “As escolas de Mauá não funcionaram porque não havia funcionários para realizar a limpeza. Na verdade, não há nem material bastante para limpar as salas”, fala uma das trabalhadoras.

Estas trabalhadoras terceirizadas são essenciais para a manutenção das escolas, agora tendo em vista a imposição do retorno às aulas nesta segunda-feira (18), por parte do Governo Dória. Sem estas trabalhadoras, não é garantido as mínimas condições sanitárias para o retorno presencial das aulas. Ainda, mesmo nas escolas onde a empresas estariam “regularizadas”, na maioria das escolas do Estado, em média tem duas trabalhadoras em cada escola, um número totalmente insuficiente para as necessidades da comunidade, o que também implica na exploração destas trabalhadoras, que recebem baixos salários com condições duras de trabalho.

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Neste sentido, nós do Esquerda Diário nos solidarizamos com a luta destas trabalhadoras, e demonstramos total apoio à paralisação. Estas trabalhadoras, mesmo sem sindicato, demonstram sua força exigindo seus direitos, e neste sentido, é necessário o conjunto da comunidade escolar apoiar a luta destas trabalhadoras. Para lutar contra a demagogia Dória, que tenta se colocar como oposição a Bolsonaro, mas que segue à risca seu projeto para com a educação, é necessário se apoiar na força da classe trabalhadora, que é a única capaz de fazer frente a estes ataques.




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