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FALTA DE VACINAS | Total de pessoas com 2ª dose atrasada triplica e chega a 5 milhões, por culpa de Bolsonaro

Dados de vacinados do Ministério da Saúde, que está disponível no site Open Datasus, demonstram como a escassez de vacinas só aumenta no Brasil, fruto do governo negacionista de Bolsonaro, mas também do Congresso, STF e governadores, que não tem interesse em dar uma saída consequente à essa catástrofe que o país vem vivendo, com mais de 437 mil mortes por Covid-19.

terça-feira 18 de maio de 2021 | Edição do dia

FOTO: RICARDO MORAES/REUTERS

São 4.519.973 pessoas com a segunda dose da Coronavac atrasada e outras 532.737 com o imunizante da AstraZeneca/Oxford fora do prazo. Enquanto que a Coronavac tem intervalo máximo recomendado de 28 dias entre as duas doses, para a AstraZeneca/Oxford o período recomendado é de 12 semanas, mas a maioria das unidades de saúde tem feito um arredondamento destes intervalos e marcado a aplicação da segunda dose para depois de 3 meses (90 dias).

Por exemplo, dos 4,5 milhões de que estão com a segunda dose da Coronavac atrasada, 1,7 milhão estão com a segunda aplicação atrasada há mais de 20 dias além do prazo máximo previsto em bula. Além de que, destes, existem cerca de 379,2 mil pessoas que estão com a dose de reforço atrasada há mais de dois meses.

Veja mais: 2 mil mortes por dia é inaceitável. Vacina para todos já

Chega a 5 milhões o número de pessoas com a 2ª dose atrasada

Não há estudos ainda que demonstrem qual seria o atraso máximo tolerado e se pessoas que atrasam meses para receber a segunda aplicação devem reiniciar o esquema vacinal ou não.

Em pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com dados de 2.972 municípios e divulgada na última quinta-feira (13/05) vemos que ao menos 1.140 cidades sofrem falta de vacina para a aplicação da segunda dose. A grande maioria (1.140) relata escassez da Coronavac, mas há também 90 prefeituras que responderam estar desabastecidas do imunizante de Oxford/AstraZeneca.

Essa falta de vacinas ocorre não por falta de recursos para se produzir e distribuir as vacinas, mas porque a saúde é um negócio para um punhado de capitalistas, que especulam para ver quem paga mais pela vacina. É preciso lutar pela vacinação de toda a população já, através da quebra de patentes sem indenização às empresas e com produção sob controle dos trabalhadores, junto com a transferência de tecnologia e avançar para que os laboratórios sejam estatizados e colocados sob controle dos operários, dos trabalhadores da saúde e pesquisadores.

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