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UNICAMP | Todo apoio aos residentes da Unicamp contra a precarização da Saúde no HC

Residentes que cursam a especialização de residência em Ortopedia e Traumatologia no Hospital das Clínicas da UNICAMP publicaram nota em que denunciam as más condições de trabalho e afirmam que vão se desligar da residência.

terça-feira 17 de maio de 2022 | Edição do dia

Os residentes denunciam as condições no Hospital narrando que: “As condições de trabalho as quais estamos sendo submetidos e a carga horária semanal associada ao número de plantões e a quantidade reduzida de residentes tornou nosso trabalho humanamente impossível de ser realizado.”, isso no principal hospital do interior do Estado de São Paulo. A carta assinada pela “turma de residentes do primeiro ano” circula nas redes sociais e, até o momento, não foi desmentida pela direção do Hospital das Clínicas e nem pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, que por sua vez anunciaram que vão se reunir com a turma em questão.

A área de Ortopedia e Traumatologia é uma das mais fundamentais na Urgência desse hospital, atendendo diversas vítimas de acidentes de trânsito das estradas do interior paulista, mas, assim como o restante dos serviços de saúde, educação e transporte, vem amargando o enxugamento de pessoal, precarização do trabalho e contingenciamento de verbas pelo Teto de Gastos. No edital de residentes de 2021 foram previstas só 8 vagas para Ortopedia e Traumatologia, e o próprio hospital acumula uma série de denúncias como corte de salários e más-condições de trabalho para as terceirizadas.

A reitoria, junto a política de Doria no anos de governo no estado, é responsável pela situação de precarização que submete estudantes, trabalhadores e professores na universidade, como vimos em recente decisão da contratação de professores voluntários sem nenhum salário como forma de conter a falta de professores, o que representa um imenso retrocesso. Essa situação afeta particularmente a saúde, que tem vinculação direta com a população de Campinas e região, mas também é sentida em outros cursos. O Instituto de Artes está há décadas sem reforma e vem se organizando para denunciar a precarização, faltando até bebedouros no prédio das artes cênicas.

Bolsonaro e a extrema direita têm um projeto privatista e precarizante da educação, não à toa foi apoiado por Doria que hoje se diz oposição, mas ajudou a aprovar todas as reformas que hoje mostram a piora nas condições de vida da população e que se mostrou fortemente durante a pandemia.

O Esquerda Diário vem cobrindo algumas manifestações por melhores condições de atendimento na saúde. No ano passado os residentes protagonizaram uma greve que conquistou aumento na quantidade e no valor das bolsas. Nas universidades estaduais paulistas, nos colocamos junto com trabalhadores da saúde da USP que estão lutando para que o HRAC de Bauru não seja privatizado.

Leia mais: É necessário uma campanha em defesa do HRAC de Bauru e da saúde e educação públicas

Nos solidarizamos com os trabalhadores da saúde e educação contra a precarização e terceirização nos locais de trabalho. Lutemos por um SUS 100% estatal e para que haja condições de atendimento à população.




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