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ARTISTAS EM APOIO AOS SECUNDARISTAS | Tivemos que parar tudo e estudar os estudantes, diz André Whoong

André Whoong fala sobre a participação no clipe "O Trono do Estudar" que reuniu artistas como Chico Buarque, Paulo Miklos, Dani Black, Tiê entre outros.

sábado 26 de dezembro de 2015 | 11:12

O Esquerda Diário entrevistou o cantor André Whoong, de São Paulo, um dos artistas que participou do clipe "O Trono do Estudar" em homenagem aos estudantes secundaristas de São Paulo.

O que significou pra você ter feito parte do clipe "O Trono do Estudar" junto com Chico Buarque e vários artistas?

André Whoong: Antes mesmo da participação do Chico Buarque ser confirmada eu já estava animadíssimo com a ideia e honrado pelo convite. A oportunidade de mostrar meu apoio aos estudantes paulistas com o que gosto de fazer me deixou feliz demais. E se temos a oportunidade de fazer, vamos nessa! Dani Black, o autor da música, é um compositor muito competente e o Fabio Pinczowski, produtor da faixa, é o cabeça por trás do meu primeiro disco, o 1985. Então sabia que estaria em boas mãos. Assim que cheguei no estúdio para fazer minha parte fui descobrindo quem havia contribuído e foi me dando mais tesão de estar ali. Logo chegaram Tiê, Paulo Miklos e gravamos juntos um coro que parece um canto de guerra mesmo... A música ficou bem legal com esse tom pé no chão e grito no peito.

Como você acha que a música pode ser parte destes movimentos políticos, como ocorreu por exemplo na Virada das Escolas da qual você também participou?

André: Importante, essencial e livre. Nesse âmbito os gêneros se misturam e se emancipam de qualquer categorização. Aquele dia, da virada, foi lindo demais ver a união de todos os artistas com os estudantes dividindo o palco e o momento. O show era de todos. Foi memorável. Tem que acontecer mais e cada vez mais. Porque pela música muitas pessoas acabam se interessando por política e pela causa que o artista está envolvido. O artista tem esse poder do microfone e da música. É demais ter essa oportunidade de tocar as pessoas com uma essência poética que você emana com maior carinho. Minhas musicas não são políticas, dentro do âmbito do estado e da organização que se diz politizada. Mas prego o amor a si próprio e a ser você sem pudor algum. Algumas pessoas se identificam com esse lance mais livre de ser. E já é um presente pra mim.

O que você acha que os secundaristas significaram pra toda a sociedade neste momento político que vive o Brasil?

André: Exemplo. Tivemos que parar tudo e estudar os estudantes. Eles tiveram o poder na mão e sentir esse poder foi a maior lição que eles puderam tomar nesses últimos anos deles sobre responsabilidade. Com grandes poderes vem grandes responsabilidades. Com certeza eles pararam e viram que eles têm o poder de persuasão e dizer o que será! É importante uma geração crescer tendo esse acontecimento na manga. Eles serão antenados nos acontecimentos políticos. Será um dever de satisfação pra essa rapaziada que está por assumir o volante de tudo. Haverá menos presunção na formação de conceito dos jovens.

Nos conte sobre seu novo CD e sobre sua carreira musical.

André: Meu disco novo chama 1985 e são musicas sobre meu cotidiano. Muitas das letras saíram de improviso e assim ficaram. Conto uma história sobre uma noitada até sobre meu ócio criativo. Estou adorando a ideia de expor meus dilemas e fazer piada dos meus problemas. Sinto que se levar menos a sério é uma baita terapia que me ajuda em muita coisa. Faço show agora no dia 22 de janeiro lá no Z carniceria e 13 de fevereiro na Casa do Mancha.




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