Em assembleia realizada essa manhã no campus Gragoatá os trabalhadores terceirizados da companhia Luso Brasileira que prestam serviços gerais para a Universidade Federal Fluminense votaram um indicativo de greve, por conta do atraso do salário referente ao mês de março que ainda não foi pago.
segunda-feira 8 de abril de 2019 | Edição do dia
Em assembleia realizada essa manhã no campus Gragoatá os trabalhadores terceirizados da companhia Luso Brasileira que prestam serviços gerais para a Universidade Federal Fluminense votaram um indicativo de greve, por conta do atraso do salário referente ao mês de março que ainda não foi pago. Os trabalhadores relaram o recorrente atrasado dos salários, onde no último mês, apenas no dia 19 de março foi realizado o pagamento após dois meses de atraso. O pagamento deveria ter sido feito na última sexta-feira (05/04) e até então não foi realizado. Foi aprovado então, que se o salário não cair hoje ou até amanhã de manhã, será deflagrada a greve.
O trabalho terceirizado é historicamente mais precarizado, com atraso de pagamentos, demissões sem justa causa e menores salários. E por isso, defendemos a efetivação desses trabalhadores sem concursos, pois claramente eles encontram-se aptos a realizarem seus serviços, e assim, passam a ter relações de trabalho menos precarizadas.
Vale lembrar que essa realidade de sucateamento da Universidade e seus serviços é consequência direta do desmonte da educação pública em curso. O contínuo e grave corte de recursos que atravessam as Universidades públicas brasileiras, faz com que os trabalhadores terceirizados sejam os mais atingidos.
É necessário o apoio amplo dos estudantes e demais trabalhadores da Universidade a esse setor que recorrentemente vem sofrendo com atrasos dos seus salários. Nós da Juventude Faísca e do Esquerda Diário nos solidarizamos, apoiamos a luta dos trabalhadores terceirizados e estaremos ombro a ombro nas decisões que forem tomadas amanhã na assembleia às 7h no Gragoatá.