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CRISE NO RIO | Terceirizados completam um ano sem receber na FAETEC sucateada

quinta-feira 2 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Pagamentos atrasados, falta de material, de comida, de segurança, de limpeza e de professores são novas formas de caracterizar a Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC). Segundo o jornal O Globo, um senhor de 60 anos que trabalha como vigia na unidade da Praça da Bandeira, Rio de Janeiro, está há mais de 1 ano e um mês sem receber salários.

Francisco de Paula diz que, apesar de não receber o pagamento, se sente útil ao ainda comparecer ao trabalho. A Faetec se pronunciou sobre a questão dos terceirizados e disse que mantém um contrato com apenas uma empresa e que essa empresa “não paga seus funcionários há três meses”. Interessante, é, como se organiza o “jogo de empurra” da escola que diz que os funcionários são da empresa, deixando assim, implícita uma ideia de que a responsabilidade não lhe cabe.

As aulas na Instituição estavam programadas para começarem no primeiro dia de fevereiro, entretanto na semana passada elas foram adiadas para o dia 20 do mesmo mês, não só por causa dos dois meses de atraso no pagamento dos servidores e no adicional de férias, como nas unidades abandonadas que são, também, uma forma de entender o atual estado de uma grande rede de ensino técnico e público no Brasil. A unidade de Quintino já tem um matagal se formando em sua volta, enquanto a de Marechal Hermes tem os portões presos por arame. É inevitável se indignar com uma situação que poderia ser remediada, ou até mesmo esquivada, desde que não vigorasse o plano de sucateamento da educação em prol das inúmeras isenções fiscais que o governo do Estado do Rio
de Janeiro.

É por esse motivo, junto com o desmonte da Uerj, da reforma do Ensino Médio, do processo de privatização da Cedae, da reforma da previdência e outros que nós do Esquerda Diário impulsionamos, contra o Pezão e Temer, a campanha pelo não pagamento da dívida pública, dinheiro dado aos bancos e que consome mais da metade do orçamento da União.

Leia também: 8 Motivos para combater o pacote de Temer e Pezão




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