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CRISE DA UERJ | Terceirizada da UERJ faleceu após mais um dia de trabalho sem salário

Terceirizada da Construir que trabalhava no Hospital Universitário da UERJ (HUPE), teve um infarto e faleceu no retorno para casa após mais um dia de trabalho sem receber o salário e sem nem sequer previsão de data para o pagamento.

quinta-feira 14 de janeiro de 2016 | 00:00

Na última segunda-feira 11 de janeiro, Cleide, terceirizada da empresa Construir, que presta serviços à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), faleceu de infarto no retorno para casa após mais um dia de trabalho, no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), sem receber o salário e sem nem sequer previsão de data para o pagamento.

Os atrasos recorrentes no pagamento de salários ocorrem à no minimo dois anos. Essa situação se agravou nos últimos meses de 2015.

Como viemos denunciando no Esquerda Diário, a falta de pagamento do salários e benefícios se juntou com a falta do 13° e com uma série de descontos dos funcionários que realizaram greve no final de 2015.

O falecimento desta trabalhadora terceirizada é fruto das condições de trabalho semi-escravas que são impostas pela terceirização e pela decisão da reitoria e do governo Pezão de fazer com que estes trabalhadores paguem pela crise fiscal do estado enquanto sobra dinheiro para as regalias dos políticos.

É inegável que trabalhar meses sem receber acarreta uma serie de doenças devido ao estresse que é ver suas contas e aluguel vencerem e não ter previsão de salário. Junte a isso um dia a dia de trabalho precário, onde dentro de um hospitais, os trabalhadores da limpeza dividem luvas, máscaras e utilizam dois panos de chão para limpar seus setores durante um mês. Junte também o constante assedio moral, situação de insegurança sofrido por essas trabalhadoras.

Video de terceirizada falando sobre as condições de trabalho, falta de pagamento dos salários e adoecimento dos terceirizados.

Pezão e Reitoria são os culpados, por fazer estes trabalhadores sofrerem as condições de escravidão, que a história oficial disse ter sido abolida. Pezão é responsável pelo sofrimento desta e de centenas de trabalhadores terceirizados sem receber, funcionários do estado com os salários atrasados, e todo o povo carioca que agoniza na fila dos hospitais públicos. Enquanto sofremos, sobra dinheiro para a Supervia, empreiteiros das olimpíadas e o Porto Maravilha, magnatas do transporte que lucram com o aumento das tarifas, carros de luxo para a Alerj e até reformas de piscinas.

Foto: Ato de estudantes e terceirizados no Palácio da Guanabara na posse do novo reitor, Ruy Garcia/ Divulgação 12/01/2016

Todo político deveria receber o mesmo que um trabalhador e a dívida do estado com a União e os subsídios para empresas privadas, assim como as grandes fortunas dos empresários quem lucra explorando a nossa vida deveria ser confiscado
e usado para pagar estes salários e investido em saúde e educação.

É fundamental a efetivação imediata de todos trabalhadores terceirizados sem concurso público para que não adoeçam e morram mais por conta da precarização do trabalho!

O Esquerda Diário se solidariza com a família de Cleide. E continuará denunciando as condições precárias e humilhantes da terceirização e sendo uma ferramente para a classe trabalhadora e sua luta diária contra a exploração e opressão.




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