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PRIVATIZAÇÃO ELETROBRÁS | Temer reúne líderes para agilizar privatização da Eletrobrás

Após uma longa preparação, com muita verba gasta em campanhas publicitárias a favor da privatização e aumentos nas contas de luz, Temer e os líderes dos partidos do Congresso se reúnem para agilizar sua privatização como pauta prioritária.

terça-feira 24 de abril de 2018 | Edição do dia

O presidente Michel Temer reuniu no Palácio da Alvorada, nesta terça-feira, dia 24 de abril, os líderes dos partidos que compõe a sua base no Congresso, na Câmara e no Senado. Temer fez o pedido de aprovação das medidas provisórias que até então estavam travadas, como a reoneração da folha de pagamento, e colocou como pauta econômica prioritária agilizar a privatização da estatal de energia Eletrobrás.

Celebrando que irá arrecadar R$ 12,2 bilhões na privatização, ou como chamam, "democratização do capital", os golpistas fingem não ver o entreguismo por trás disso. De acordo com o próprio Ministério de Minas e Energia, o valor patrimonial da estatal é de R$ 46,2 bilhões e o total de ativos da empresa chega a R$ 170,5 bilhões. Além de R$ 541 bilhões investidos desde a criação, em 1962, em que o capital imperialista agradece de ser poupado.

A criação, pelo próprio presidente Temer, de um programa para viabilizar a privatização de grandes estatais e setores estratégicos do nosso país (PPI) à grandes empresários nacionais e estrangeiros mostra a grande influência do imperialismo no golpe. Com o privatista Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, amigo próximo de Temer e citado diversas vezes na Lava Jato (Moreira recebeu 7 milhões de reais ilícitos), sendo responsável pelo programa de privatização do governo golpista.

A privatização de uma grande estatal como a Eletrobrás não traz nenhum benefício real à população, apenas acarreta no enriquecimento sem causa de agentes privados e no aumento de tarifas ao consumidor: a perspectiva é de que o preço por megawatt/hora chegue a triplicar. Enquanto os trabalhadores são atacados, outras relevantes fontes de bilionárias gastos, como as grandes empresas privadas e os bancos seguem sendo beneficiados. O Golpe e a agenda de reformas servem ao pagamento da dívida pública e ao maior lucro aos grandes bancários, como no caso do Santander, que enriquecem em meio a crise capitalista.

Com a entrega da estatal de energia elétrica ao capital privado, quem pagará por esse aumento das tarifa e diretamente pelo lucro dos capitalistas serão milhões de trabalhadores e os recursos naturais do país. O projeto de privatização da Eletrobras só deixa ainda mais evidente o objetivo desse governo e de seus acordos com capitalistas de diferentes setores, de manter o lucro das grandes empresas, nacionais e internacionais, enquanto as massas pagam com a reforma trabalhista e a precarização de seus trabalhos com leis como a da terceirização. As medidas não são para erguer o país da crise, mas sim para que os grandes capitalistas continuem lucrando, enquanto os trabalhadores pagam.

Veja também: 7 motivos para lutar contra a privatização da Eletrobras




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