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TEMER INTERROGADO | Temer recebe 84 perguntas em inquérito da PM sobre delação da JBS

A Polícia Federal enviou um rol de 84 perguntas ao presidente Michel Temer no inquérito da Operação Patmos - investigação que põe sob suspeita o peemedebista no caso JBS. As perguntas foram entregues a um advogado dele.

segunda-feira 5 de junho de 2017 | Edição do dia

Na semana passada, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para o presidente responder às indagações dos investigadores.

Temer mergulhou em sua pior crise política após ser gravado na noite de 7 de março pelo empresário Joesley Batista, da JBS, no Palácio do Jaburu. O conteúdo do áudio é peça chave do inquérito da Polícia Federal que põe o presidente sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

Joesley fez a gravação às escondidas - o presidente não sabia que sua visita no Jaburu estava munida de um gravador.

Nessa conversa, Joesley narrou a Temer uma rotina de crimes, como o pagamento de contribuição de R$ 50 mil mensais ao procurador da República Ângelo Goulart e mesada milionária da Eduardo Cunha, em troca do silêncio do ex-presidente da Câmara, preso desde outubro de 2016 na Operação Lava Jato.

Segundo os investigadores, a reunião serviu para Temer "escalar" Rocha Loures como seu interlocutor com a JBS para tratar dos interesses do grupo no governo.

Temer alega que o áudio foi "manipulado, adulterado". O áudio está sendo submetido a uma perícia no Instituto Nacional de Criminalística, braço da Polícia Federal.

A crise aberta pela delação da JBS e o acordo de leniência feito pelos irmãos Batista que garante sua impunidade escancarou como as empresas mandam na política nacional. Temer, com toda a instabilidade que tem seu governo, segue ainda a agenda de ataques, tentando aprovar a reforma trabalhista na semana que vem.

É fundamental avançarmos para a preparação da greve geral do dia 30 com a construção de comitês de base sem esperar que será esse judiciário ou essa polícia, inimigos dos trabalhadores, que irão punir a corrupção ou muito menos impedir os ataques aos trabalhadores.




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