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MICHEL TEMER | Temer exalta os ataques contra os trabalhadores e fala da necessidade de dialogo entre patrões e empregados

sexta-feira 24 de março de 2017 | Edição do dia

Em uma coletiva sobre o novo processo de exportação gravado pelo site UOL, Michel Temer, para agradar os grandes empresários, disse: ’’Confesso aos senhores e senhoras que nós todos, especialmente a área econômica, esperava que a recuperação, seja da inflação, seja da queda dos juros e, particularmente, do emprego, dar-se-ia a partir do segundo semestre’’ e que a abertura de 36 mil vagas de emprego era uma agradável surpresa, inflando esse número, que é ridículo perante o nível de desemprego que assola o país.

Por trás deste discurso, Michel Temer está defendendo a sua tese de que os duros ataques aos trabalhadores e demais setores populares que vem sendo implementados no seu governo estão "dando resultado". Se esses resultados fossem verdadeiramente positivos aos trabalhadores, talvez Temer teria chamado outro público, e não seus colegas empresários.

Somente esses grandes empresários e banqueiros poderão ficar otimistas com esses ataques, pois significam maiores lucros e enriquecimento mesmo durante um período de recessão no país. Além disso, de maneira muito cínica, Temer disse que tem ’’uma grande expectativa para o futuro’’, só não diz que o futuro que o seu governo reserva para os trabalhadores está nos postos de trabalho precários e terceirizados, um ’’futuro’’ em que a maioria da população vai ficar sem aposentadoria e com serviços de saúde e educação de péssima qualidade.

Na coletiva, Temer também disse ’’da necessidade de equilibrar’’ as contas públicas. Elogiou a PEC que congela o investimento na saúde e educação pública, falou da necessidade da reforma trabalhista e da aprovação da Reforma do Ensino Médio, mas não disse nenhuma palavra de taxar a fortuna dos grandes empresários e banqueiros, até porque este governo golpista está a serviço dos mesmos.

Na parte da reforma trabalhista, ele disse ser fruto de um acordo entre empregadores e empregados e que estas partes devem sempre buscar o dialogo. Para Temer, o ’’dialogo’’ que o trabalhador deve buscar com os grandes empresários é aceitar ficar sem seus direitos elementares, trabalhar como terceirizado e não ter aposentadoria. De forma cínica, ele ignora as manifestações do 15 de março onde os de carne e osso (trabalhadores que o Temer diz ter feito acordo com os empresários) deixaram bem claro que não vão querer pagar pela crise econômica que o país está passando.

A única resposta que os trabalhadores e demais setores populares da sociedade podem dar a este governo é através de uma greve geral que seja capaz derrotar estes ataques. Para isso, a CUT e CTB devem romper a trégua dada ao governo e unificar os trabalhadores em torno de um plano de luta que tenha este objetivo.




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