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LEILÃO DO PRÉ-SAL | Temer entrega de bandeja 4 campos imensos do Pré-sal para petroleiras imperialistas

Será realizado amanhã (7) mais uma rodada do leilão de campos de petróleo do Pré-Sal, sob comando da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Será a quarta rodada para continuar com a política privatista e imperialista de entregar os recursos naturais brasileiros na mãos do capital estrangeiro.

quarta-feira 6 de junho de 2018 | Edição do dia

Ano passado, Temer realizou mudanças que regulavam a exploração do Pré-sal e a participação das empresas estrangeiras: pela primeira vez o golpista retirou as obrigatoriedade da Petrobras da participação estatal do contrato de extração do pré-sal. Assim, a empresa ganhadora do leilão pagaria algumas valores simbólicos pela extração, sendo que esta soma não pode ultrapassar 25% do preço do barril do petróleo.

Dessa forma, abre-se um campo extenso para a exploração das petroleiras estrangeiras, que Temer avança na política imperialista para tornar cada vez mais atrativa a compra das refinarias e a exploração do Pré-sal. Na 1ª Rodada de Licitação do Pré-sal, a Petrobras assumia um papel mais central nesse processo de exploração do recurso, entretanto, ainda sim primavam as políticas pró-imperialistas de entrega das riquezas nacionais ao imperialismo.

Esta rodada consiste em vender 4 áreas: Itaimbezinho, Três Marias, Dois Irmãos e Uirapuru, nas bacias de Campos e Santos. Segundo ANP, essas áreas juntas abarcam um volume de reservas de petróleo de em torno de 14 bilhões de barris.

Através da venda, a ANP quer arrecadar R$ 3,2 bilhões. Aparentemente, pode parecer uma grande quantia, mas uma simples conta mostra que esse valor é completamente irrisório perto do valor real que poderia ser obtido: o barril de petróleo está cotado hoje no valor de R$250, vendendo os 14 bilhões de barris o valor seria em torno de R$3,5 trilhões de reais.

Ao todo são 16 empresas interessadas na compra dessas extensas áreas, motivadas pelo volume absurdo de petróleo existentes nos campos que serão leiloados do Pré-sal, mirando lucros bilionários explorando as riquezas brasileiras.

Crise dos Combustíveis e Privatização da Petrobrás: Qual é a saída pra isso?

A política pró-imperialista de entrega dos recursos brasileiros para o capital estrangeiro não é novidade do Governo Temer: a lei que aprovava a concessão de áreas do pre-sal, que supostamente voltariam para o povo brasileiro na forma dos royalties, começou no governo Dilma, que nada se dispôs a se enfrentar com as pressões imperialistas. Com Temer no governo, as políticas pró-imperialistas se aprofundaram, abrindo ainda mais margem para a entrada do capital estrangeiros no mercado brasileiro e ataques ainda mais brutais contra direitos dos trabalhadores.

Qualquer governo que assuma o país será débil e terá que continuar a agenda de ataques do Governo Temer. Não será por via de qualquer governo que de fato a crise dos combustíveis e que a exploração das riquezas brasileiras irá se resolver. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) que é parte da CUT (dirigida pelo PT), traiu os petroleiros que há uma semana se mobilizaram em torno de uma greve contra a privatização da Estatal, após ameaças do Tribunal Superior do Trabalho de atacar a greve com multas de 2 milhões por dia de greve.

Para que de fato as riquezas brasileiras estejam à serviço dos trabalhadores e do povo, diminuindo não só o preço do diesel, mas da gasolina e do gás de cozinha, que com os altos reajustes também atacam diretamente o povo, é preciso organizar um plano de lutas pela estatização completa da Petrobrás, sob gestão dos trabalhadores e controle popular. Somente os trabalhadores no comando poderão responder às demandas do conjunto da população.




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