Cláudio Melo Filho, ex vice presidente de Relações Institucionais da Odebrecht falou em delação premiada que entregou dinheiro em espécie no escritório do advogado José Yunes, amigo e assessor do presidente Michel Temer, durante a campanha eleitoral de 2014. Já são 20 políticos citados na delação, desde de figuras tucanas como Geraldo Alckmin até toda cúpula do governo Temer, inclusive o próprio chega a ser citado mais de 40 vezes.
sábado 10 de dezembro de 2016 | Edição do dia
Este pagamento faria parte de um repasse de R$10 milhões que, de acordo com Claudio Melo, Temer negociou pessoalmente com o ex – presidente da empresa Marcelo Odebrecht.
Melo não se limitou a apontar apenas o PMDB. Também fez denuncia como destinatários de pagamentos da empresa Odebrecht, o presidente do Senado Renan Calheiros, da Câmara Rodrigo Maia, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o secretário executivo do PPI, Moreira Franco, líder do governo Temer no Senado, Romero Jucá, o líder do PMDB na Câmara Eunício Oliveiro, o ex – deputado Eduardo Cunha e o ex – governador da Bahia Jaques Wagner.
Nesta lista aparecem também o ex-ministro Geddel Vieira Lima, a senadora Kátia Abreu, o deputado Marco Maia e Antonio Palloci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma. De acordo com Melo, a Odebrecht fazia pagamentos em troca de apoio dos políticos a interesses da empresa. Entre os principais arrecadadores do partido estavam Padilha e Moreira Franco.
Por sua vez, isso faz com que o presidente Michel Temer ficasse com medo com os efeitos que a delação premiada pode causar. Frente a isso, Temer pediu cautela aos aliados para analisar os detalhes que o levaram para o centro da operação. De acordo com os seus assessores, a ordem é deixar a poeira abaixar antes de fazer qualquer analise. Essas informações são da Folha de São Paulo.
Aliados do atual governo sabem que o momento é delicado, pois as denúncias envolvem o governo como todo. Por isso, defendem analisar as extensões das delações como todo para não se precipitar nas decisões.
Frente a estas novas denúncias que envolvem a delação premiada da Odebrecht, a crise do governo Temer vai aprofundar. Mesmo com o governo ter apressado a votação do Senado em relação a PEC 55/241, assim como ter acelerado a votação da reforma do ensino médio, principais ajustes exigidos pelos empresários.
Temas