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GOVERNO TEMER | Temer diz que não concorda com anistia a caixa 2, seu ministro e braço direito sim

quinta-feira 22 de setembro de 2016 | Edição do dia

Depois da declaração escandalosa e de grande repercussão de Geddel Vieira Lima, ministro da secretaria do governo golpista, de que o “caixa 2” não deve ser considerado crime e defender a anistia de todos os políticos corruptos que já arrecadaram verbas sem declaração, Michel Temer declarou que se “surpreendeu”, não acha a proposta tão boa, e que a declaração do ministro deve ser uma opinião pessoal e não reflete o seu governo.

O projeto de “Anistia ao caixa 2” é de 2007 e foi tramitada no Congresso e colocada em votação numa tentativa fracassada na última segunda, 20, encabeçados por Renan Calheiros (PMDB-AL), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas foi recuado pelos deputados, devido às duras críticas sofridas dentro e fora do Congresso.

A declaração de Temer apesar de parecer se contrapor ao seu ministro, vem no sentido de perceber que tanto a opinião colocada publicamente de Geddel tanto as tentativas dos deputados da direita que querem a votação do projeto, que daria ainda mais privilégios aos políticos, anistiando até mesmo os que já desviaram verbas para a formação de caixa 2, não estavam em boa hora, já que as eleições municipais estão prestes a acontecer, e a Lava Jato toma maiores proporções, com Lula sendo considerado Réu no processo. Uma votação como essa, que escancara para que serve o Congresso e para quem os políticos governam, poderia aprofundar ainda mais o questionamento ao golpe e inclusive ter consequências para a legitimidade da lava-jato, e também dificultar as eleições municipais para os partidos da direita, Temer busca apenas evitar desgastes e dificuldades para preparar um cenário posterior de ataques mais profundos à vida dos trabalhadores e da juventude.

Para enfrentar políticos como esses que só querem aumentar ainda mais seus privilégios em detrimento da vida da população é que nós do MRT estamos participando dessas eleições com candidaturas anticapitalistas, que se colocam lado à lado com os trabalhadores e a juventude para defender seus direitos e que defendem que todo político deve ganhar igual a um professor da rede pública, acabando com os privilégios dos que querem enriquecer com a vida política, e defendem uma política que leva a se enfrentar com o conjunto desse regime, impor com a força da luta uma nova Constituinte que permita debater todos temas políticos, sociais e econômicos do país, colocando a classe trabalhadora para "fazer política" contra a elite e seus políticos.




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