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CINISMO ENTREGUISTA | Temer, de indiretas sujas ao mal lavado da JBS, vai à Europa vender o país e nossos direitos

Michel Temer publicou um pronunciamento nas redes sociais nesta segunda. No discurso insiste que seu governo, detestado por quase a unanimidade dos trabalhadores do país, estaria trabalhando para "colocar o país nos trilhos" através das reformas antipopulares, e acabando com os “favores que privilegiavam alguns empresários criminosos", numa clara menção aos seus parceiros e financiadores na base de propina de pouco tempo atrás e com quem hoje se choca em diversas acusações. O presidente golpista ressaltou também que vai à Europa em busca de novos mercados, ou seja, entregar o resto das riquezas naturais e empresas de setores estratégicos.

terça-feira 20 de junho de 2017 | Edição do dia

O sujo falando do mal lavado

Temer não cita nominalmente a JBS nem os irmãos Batista, mas seu cinismo fica explicito na forma e nas entrelinhas do conteúdo do pronunciamento, quando trata os delatores que até poucos meses eram aliados na injeção de propina para favorecimento.

Diz que seu governo não deixará impunes “criminosos que cresceram com juros camaradas” nos anos anteriores, em uma demagogia sem fim se lembrarmos que ele mesmo compunha os governos anteriores e que sua candidatura com Dilma se beneficiou de caixa 2.

Temer, que nesta manhã entrou com duas ações na justiça por calunia e difamação contra Joesley, parece obstinado em reverter a alcunha de “líder da maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil”, e no vídeo divulgado hoje se esforça para se desvencilhar do jogo sujo dos políticos e dos partidos da ordem aliados aos capitalistas sem escrúpulos para alcançar suas ganâncias.

Entreguismo e as reformas

O pronunciamento faz menção à entrega dos aeroportos às empresas privadas e estrangeiras que já vêm colocando em prática desde que articulou o golpe institucional, como exemplo de seu papel como presidente e do que irá buscar com essa viagem: mais e mais entreguismo de setores estratégicos ao capital internacional. Esta intenção fica clara também com o setor petrolífero e de gás, especificamente com a venda do que resta do Pré-sal.

Mas o ponto alto do pronunciamento é quando Temer trata as reformas trabalhista e da previdência como símbolos de êxitos de seu governo no combate a “privilégios e regalias”. As mesmas reformas, que foram estopim de uma greve geral e de dezenas de atos de trabalhadores pelo país, são vendidas por Temer como forma de mostrar a capitalistas e imperialistas que o presidente e congresso golpista estão dispostos a destruir as leis trabalhistas para que as empresas multinacionais possam devastar com nossos direitos tal qual fazem com os recursos naturais.
Não por coincidência, cita o congresso nacional como parceiro da imposição das reformas, enquanto deixa o PMDB orientado a organizar a tropa de choque para impedir o avanço de seu inquérito na Lava Jato, afirmando “vamos resistir”, um verdadeiro chamado aos políticos corruptos ligados quase todos às mesmas acusações de recebimento de propina e caixa 2.

E ironicamente, o discurso do presidente termina com um aviso de que na volta espera encontrar o clima pacífico e com “a alegria e felicidade naturais do povo brasileiro”: não exatamente aquele outro clima do povo trabalhador que tomou Brasília expressando seu ódio às reformas com seus métodos radicalizados de luta, que acuou o presidente demagogo de tal maneira, a ponto de se ver obrigado a decretar o uso das forças armadas para reprimir o povo “alegre e pacífico”.

A cada passo, Temer deixa claro que não cederá com os planos das reformas atraentes aos empresários nacionais e estrangeiros. Temer se agarra ao poder e tentar vender o país junto com deputados que querem que trabalhemos até morrer. Por isso,reforçamos o chamado à que tomemos em nossas mãos a construção da Greve Geral auto organizada desde as bases para impor a derrota das reformas e a queda de Temer.




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