Entre as táticas de Temer para tentar enfiar goela abaixo o roubo de nossas aposentadorias, o presidente golpista agora barganha a compra de apoio em meios de comunicação em troca de gastos com publicidade do governo. São mais R$ 180 milhões investidos do dinheiro público para a propaganda mentirosa do governo.
terça-feira 11 de abril de 2017 | Edição do dia
Temer quer que locutores e apresentadores populares de rádio e televisão, em especial no Nordeste, onde o rechaço ao golpista bate recordes, sejam os "garotos propaganda" dos seus ataques aos nossos direitos.
Se os donos dos veículos de comunicação mandatarem seus apresentadores com essa tarefa de nos convencer que perder nossos direitos é um grande avanço, o governo federal irá investir em publicidade nessas emissoras e rádios.
Se dentro do parlamento Temer negocia cargos e emendas para garantir que os deputados privilegiados vendam seu apoio à reforma da previdência, na imprensa o golpista também está disposto a fazer um investimento - com o nosso dinheiro, é claro.
Os R$ 180 milhões que serão destinados para esse fim terão deputados e senadores como mediadores para a obtenção da verba. Assim, além de fazer o trabalho sujo de Temer, esses políticos parasitários ainda cavam espaço na mídia para poder aparecer em suas campanhas para as eleições de 2018. Tudo muito bom para os monopólios midiáticos, os políticos privilegiados, o presidente golpista e os capitalistas que querem descarregar os custos da crise sob nossas costas. Tudo muito ruim para nós, que vemos nossos direitos virarem moeda de troca na mão desses canalhas.
O idealizador desse plano é o Secretario-Geral da Presidência, Moreira Franco. Nas palavras de um auxiliar do presidente Michel Temer, a tática "mata dois coelhos com uma só cajadada". Coube ao líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), receber os pedidos dos parlamentares.
Contra os políticos patronais, os donos da imprensa e todas as manobras dos golpistas para aprovar a reforma, lutemos em cada local de trabalho para construir assembleias de base que organizem uma imensa luta no dia 28, exigindo das centrais e dos sindicatos que se coloquem a organizar de fato a luta.