quinta-feira 19 de setembro de 2019 | Edição do dia
O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan no Brasil, representa um setor do empresariado brasileiro mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro. Desde às ultimas eleições, aparece em eventos, lives e em reuniões com Bolsonaro.
Um dos apoiadores mais irrestritos de suas ideias ultraconservadoras e voluntário na campanha pela Reforma da Previdência, assim como todo o projeto ultraliberal do governo.
Em vídeo publicado nas últimas eleições, Luciano Hang intimida seus funcionários a votarem contra a “volta do comunismo” e ameaça: “você está preparado a sair da Havan?”. Se tiver estômago, assista:
DENÚNCIA: Luciano Hang, dono das Lojas Havan grava vídeos intimidando funcionários de suas lojas a não votarem na esquerda e PSDB. Cabo eleitoral de Bolsonaro, admite em vídeo que faz pesquisa internas em sua loja para saber o voto destes. Faz ameaças: "Vai querer sair da Havan?" pic.twitter.com/DkVo6ejyWv
— michel (@gramich) 1 de outubro de 2018
Além de já ter sido condenado por lavagem de dinheiro, e deve R$168 milhões para a União, agora Hang foi condenado de maneira definitiva pelo TSE por “propaganda eleitoral irregular”, por ameaçar o emprego de seus funcionários, chantageando que apoiassem Bolsonaro.
Sua pena será o pagamento de uma multa de R$ 2.000, acrescida de juros e correções a contar da data em que as propagandas irregulares foram veiculadas, um valor suficientemente irrisório para o empresário.
Em um segundo vídeo, ele declara abertamente a possibilidade de demitir 60 mil funcionários se Bolsonaro não vencesse as eleições, forçando a rede de funcionários a participarem da gravação.
Não se tratou, portanto, simplesmente de “campanha eleitoral irregular”, mas de chantagem, intimidação, ameaças e assedio aos trabalhadores, dos quais Hang até agora saiu impune e seguirá fazendo, quando necessário, seus funcionários de massa de manobra para seus fins reacionários.